Conselho de Ética ouve delegado no processo de Chiquinho Brazão
Rivaldo Barbosa é ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro e foi preso por suposta obstrução das investigações da morte da vereadora Marielle Franco
O Conselho de Ética da Câmara ouve nesta segunda-feira, 15, o delegado Rivaldo Barbosa no processo que pede a cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Barbosa é ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro e foi preso por suposta obstrução das investigações da morte da vereadora Marielle Franco.
Além do delegado e do deputado, o irmão de Chiquinho, Domingos Brazão, que era Conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, também foi preso por suposta participação no crime. Os irmãos Brazão são suspeitos de serem os mandantes da morte da vereadora. Os três estão presos desde 24 de março.
Os depoimentos serão feitos de forma virtual. Além de Rivaldo, também foram confirmados os depoimentos, nesta segunda-feira, do vereador da Câmara Municipal do Rio, Willian Coelho (DC); do ex-deputado federal Paulo Sérgio Ramos Barboza; e do ex-vereador carioca Carlos Alberto Lavrado Cupello, conhecido como Tio Carlos (Solidariedade-RJ).
Assim como Domingos, também não confirmou o depoimento o delegado Daniel Freitas Rosa. Todos foram arrolados pela defesa do deputado.
Os depoimentos de Rivaldo e de Domingos foram autorizados, na sexta-feira (12), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles devem ser ouvidos na condição de testemunhas.
Na terça-feira, 16, o Conselho de Ética deve ouvir, no âmbito do mesmo processo e também como testemunha, o conselheiro vice-presidente do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, Thiago Kwiatkowski Ribeiro. Além disso, há previsão de oitiva de Chiquinho Brazão.
A denúncia contra Chiquinho no Conselho de Ética foi apresentada em março pelo PSOL. O partido alega que o deputado “é apontado como autor intelectual da morte da vereadora” e “desonrou o cargo para o qual foi eleito”.
“Se passaram mais de 2.000 dias desde o assassinato brutal de Marielle Franco e Anderson Gomes. Que não se passe mais um sequer tendo Chiquinho Brazão como Representante da Câmara dos Deputados – e do povo brasileiro”, diz o documento do PSOL.
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