Operação Última Milha desmantela rede de espionagem de ex-servidores
A operação visa desmantelar uma suposta rede de espionagem que envolve ex-funcionários da Agência Brasileira de Inteligência
A Polícia Federal intensificou suas ações nesta quinta-feira, com uma série de operações em diferentes cidades do Brasil. Sob o nome de Operação Última Milha, a operação visa desmantelar uma suposta rede de espionagem que envolve ex-funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e influenciadores digitais. Esses indivíduos são envolvidos no que tem sido popularmente chamado de “gabinete do ódio”.
Com atividades concentradas em pontos estratégicos como Brasília, Curitiba, Salvador, São Paulo e Juiz de Fora, a operação viu a emissão de cinco mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão. A complexidade desta rede sugere uma organização altamente estruturada, apta a realizar atividades ilícitas de grande escala, incluindo monitoramento ilegal de figuras públicas e disseminação de informações falsas.
Quais são os objetivos da Operação Última Milha?
Este esforço da Polícia Federal busca erradicar práticas que possam ameaçar a integridade do Estado Democrático. Mediante a utilização indevida dos sistemas da Abin, o grupo em questão conseguiu interceptar comunicações e criar perfis falsos com o intuito de propagar notícias fraudulentas, afetando diretamente membros dos três poderes e profissionais de mídia. Os envolvidos podem enfrentar sérias consequências legais, incluindo acusações de organização criminosa e invasão de dispositivos informáticos.
A Situação de Marcelo Araújo Bormevet
Dentre os envolvidos, destaca-se Marcelo Araújo Bormevet, um agente da Polícia Federal desde 2005, que atualmente se encontra suspenso. Ele foi impedido de exercer suas funções públicas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, datada de 25 de janeiro de 2024. Esta decisão está relacionada com a investigação sobre atividades ilícitas ligadas à Abin e outras infrações gravíssimas.
As investigações continuam a avançar, e a sociedade aguarda mais desenvolvimentos sobre como essas operações clandestinas influenciaram os acontecimentos políticos recentes no país. Enquanto isso, muitos se questionam sobre o alcance verdadeiro dessa suposta rede de vigilância ilegal e a eficácia das medidas tomadas contra seus integrantes.
Esta operação marca um momento crucial para a justiça e a transparência política no Brasil, destacando a necessidade imperativa de supervisão e controle sobre serviços de inteligência e a disseminação de informações.
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