Igrejas católicas fecham as portas após ameaça de traficante no Rio
Conhecido como Peixão, criminoso decidiu que as paróquias não poderiam celebrar missas, casamentos ou batizados no Complexo de Israel
Missas e eventos em igrejas católicas, como festas julinas e homilias, foram canceladas neste fim de semana em bairros da zona norte do Rio de Janeiro depois que um traficante decidiu que as paróquias não poderiam celebrar missas, casamentos ou batizados.
As igrejas afetadas, segundo o G1, são as paróquias de Santa Edwiges e de Santa Cecília, em Brás de Pina, e Nossa Senhora da Conceição e Justino, em Parada de Lucas.
Conhecido como Peixão, o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, que se diz evangélico, já havia proibido terreiros de matrizes africanas de atuar na região do Complexo de Israel, um conjunto de favelas na zona norte do Rio.
Segundo católicos, motoqueiros armados com fuzis foram às paróquias e ordenaram que não fossem realizados casamentos ou batizados.
Em publicação nas redes sociais, a Paróquia de Santa Edwiges anunciou o cancelamento de sua festa julina e das missas neste fim de semana.
“Comunicamos que nosso arraiá está suspenso neste fim de semana. Não teremos Santa Missa e atividades em nossa paróquia também. Igreja fechada. Em breve, retornamos com mais informações.”
Mensagem publicada em rede social da paróquia Nossa Senhora da Conceição e São Justino, em Parada de Lucas, também anunciou a suspensão de atividades paroquiais “até segunda ordem”.
A postagem, que mais tarde foi apagada, não deu detalhes sobre os motivos da interrupção.
A Delegacia de Combate aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) instaurou um inquérito para apurar denúncias.
Peixão, que está foragido, tem ao menos 9 mandados de prisão contra ele por diversos crimes.
Em 2020, o traficante batizou de Complexo de Israel o conjunto de favelas ocupadas por ele, como Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Cinco Bocas e Pica Pau.
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