Celebridades britânicas pedem ao papa para proteger missa em latim
Grupo apela ao Vaticano para manter o rito tradicional da Igreja Católica
Um grupo de celebridades britânicas está pedindo ao Vaticano que preserve o que descrevem como o “magnífico” artefato cultural da Igreja Católica, a Missa Tradicional em Latim.
Em 2021, o Papa Francisco impôs restrições à celebração da missa usando o Missal Romano de 1962, também conhecido como a forma extraordinária do rito romano e Missa Tridentina. Nos últimos meses, rumores indicam que o Vaticano está preparando novas restrições para essa liturgia tradicional.
Até agora, nenhuma nova diretriz sobre a Missa em Latim foi promulgada. No entanto, em uma carta publicada nesta terça-feira, 2, no jornal londrino “The Times”, uma ampla gama de celebridades inglesas implorou abertamente ao Vaticano para não restringir ainda mais o rito.
“Recentemente, houve relatos preocupantes de Roma de que a Missa em Latim será banida de quase todas as igrejas católicas”, dizia a carta. “Isso é uma perspectiva dolorosa e confusa, especialmente para o crescente número de jovens católicos cuja fé tem sido nutrida por ela.”
Os signatários, incluindo a atriz e defensora dos direitos humanos Bianca Jagger, o autor Tom Holland, o músico Julian Lloyd Webber e o executivo de mídia Sir Nicholas Coleridge, descreveram a Missa em Latim como uma “catedral” de “texto e gesto” que se desenvolveu ao longo de muitos séculos.
“Nem todos apreciam seu valor e isso é compreensível,” disseram os escritores, “mas destruí-la parece um ato desnecessário e insensível em um mundo onde a história pode facilmente ser esquecida.”
Patrimônio espiritual e cultural
Os signatários destacaram a capacidade do antigo rito de incentivar o silêncio e a contemplação, classificando-o como um tesouro insubstituível.
A carta também fez referência a uma petição similar de 1971, assinada por proeminentes britânicos, que solicitava ao Vaticano que preservasse a Missa em Latim na Inglaterra. Essa petição levou ao “indulto Agatha Christie”, permitindo a continuação da forma extraordinária no país, indulto nomeado em homenagem à famosa autora que estava entre os signatários.
A petição recente é descrita pelos britânicos como “totalmente ecumênica e apolítica”. “Os signatários incluem católicos e não católicos, crentes e não crentes,” escreveram. “Imploramos à Santa Sé que reconsidere qualquer nova restrição ao acesso a este magnífico patrimônio espiritual e cultural.”
Ao emitir as diretrizes de 2021, o Papa Francisco afirmou estar triste que a celebração da forma extraordinária agora fosse caracterizada por uma rejeição ao Concílio Vaticano II e suas reformas litúrgicas. Duvidar do concílio, disse ele na época, é “duvidar do próprio Espírito Santo que guia a Igreja”.
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