Veículos elétricos e híbridos sofrem aumento do imposto de importação
Impostos sobre veículos elétricos e híbridos podem chegar até 25%
Desde o início de julho de 2024, os consumidores brasileiros que estão pensando em adquirir um veículo eletrificado enfrentarão preços mais elevados. Isso ocorre devido ao aumento do imposto de importação aplicado a esses tipos de veículos, uma mudança que está alinhada com o cronograma estabelecido pelo governo brasileiro.
A taxa, que começou a aumentar gradativamente desde janeiro deste ano, tem seu próximo marco previsto para finalizar apenas em julho de 2025.
Impactos no mercado automotivo
Esse aumento tem impactos diversos sobre o mercado: enquanto os fabricantes tradicionais enfrentam desafios significativos, as marcas chinesas parecem ter sido menos atingidas até o momento, haja vista a agilidade com que importaram unidades antes do reajuste. Vale ressaltar que a taxa de imposto para veículos híbridos passou para 25%, enquanto os híbridos plug-in e os elétricos estão agora sujeitos a impostos de 20% e 18%, respectivamente
Futuro dos veículos elétricos no Brasil
A decisão de elevar o imposto de importação apoia-se na necessidade de fortalecer o setor automobilístico nacional e promover a descarbonização. Segundo declarações do governo, o objetivo é impulsionar a indústria local a explorar todas as rotas tecnológicas possíveis que favoreçam essa transição energética.
No entanto, essa medida também visa conter o avanço dos veículos chineses no mercado nacional, conforme expresso por representantes da Anfavea.
Impacto diferenciado entre marcas
Os fabricantes tradicionais, incluindo gigantes como Toyota e Honda, que possuem modelos híbridos bem estabelecidos no mercado, como o RAV4 e o Accord, respectivamente, são agora submetidos a um imposto significativamente maior.
Em contrapartida, marcas chinesas como Caoa Chery e BYD, que conseguiram agilizar a importação de seus modelos para o Brasil, conseguiram criar estoques que podem ajudar a manter os preços controlados por mais algum tempo.
Reações do mercado de veículos
A reação ao ajuste fiscal não foi unânime. Enquanto a Anfavea defende a medida como uma forma de proteção para a indústria local, associações como a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) criticaram a medida. Essas associações alegam que as mudanças repentinas podem prejudicar a previsibilidade do mercado, essencial para o planejamento e investimento contínuo no setor.
Aumento contínuo das taxas até 2026
Olhando para o futuro, as taxas continuarão aumentando até 2026, quando todos os veículos eletrificados estarão sujeitos a um imposto de importação de 35%. Esse panorama sugere que, apesar das intenções governamentais de apoiar a indústria nacional e a descarbonização, os consumidores e fabricantes enfrentarão desafios, incluindo custos mais altos e possíveis desacelerações no ritmo de adoção de veículos elétricos no Brasil.
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