“Deu uma confusão desgraçada”, diz Lula sobre leilão do arroz
O certame foi cancelado após indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras
O presidente Lula (foto) voltou a se manifestar neste sábado, 29, sobre o leilão do arroz e disse que a medida gerou uma “confusão desgraçada”. O certame foi cancelado após matérias da imprensa, inclusive da Crusoé, revelarem indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras.
“Esses dias eu decidi importar arroz, para baixar o preço. Deu uma confusão desgraçada, mas acho que o arroz começou a baixar. Eu quero que baixe. Quero que a carne abaixe, porque aquele sonho da gente voltar a comer uma picanha e tomar uma cerveja, eu quero que aconteça, ele vai voltar.”
A declaração foi feita em cerimônia de lançamento da pedra fundamental de novos campi da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e IFSP (Instituto Federal de São Paulo).
O evento teve a participação de Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, que usou o evento do petista como palanque.
As suspeitas sobre o leilão de arroz
Como mostrou Crusoé, no leilão realizado no dia 6 de junho, para a compra de 263,3 mil toneladas de arroz, o governo federal aceitou que um pequeno supermercado, na região central de Macapá, fosse responsável por negociar mais da metade do valor negociado.
A Wisley A. de Sousa LTDA, nome empresarial do supermercado “Queijo Minas”, ficaria sob a responsabilidade de entregar 147,3 mil toneladas do grão, em uma transação superior a 736 milhões de reais.
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar o caso. Na semana passada, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo está desenhando um novo edital para realização da compra.“Vai ter leilão. É um compromisso do presidente Lula que a Conab cumpra o seu papel de ter estoques mínimos para poder atuar, combater especulação”, disse Fávaro.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)