Após numerosos apelos pela desistência de sua candidatura à reeleição, incluindo o do jornal americano New York Times, em decorrência do fiasco no debate de quinta-feira, 27, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (foto), teve de reconhecer suas limitações físicas, dizendo-se menos ágil, mas verdadeiro.

“Pessoal, posso não andar tão facilmente ou falar tão bem como antes.

Posso não debater tão bem como antes.

Mas o que sei é como dizer a verdade”, escreveu Biden no X, antigo Twitter, ao publicar um vídeo de sua participação em um comício na sexta-feira, 28, no qual disse as mesmas palavras.

Biden admitiu ter sido nocauteado por Trump?

Sem citar o rival Donald Trump, o presidente disse saber levantar após sofrer um nocaute.

“Eu sei distinguir certo e errado. Eu sei fazer esse trabalho. E eu sei o que milhões de americanos sabem: quando você é nocauteado, você levanta de novo!”

Ele também disse que recuperou a economia dos EUA após a pandemia e que defende a liberdade contra Vladimir Putin.

“Eu não concorreria se não acreditasse, com todo o meu coração e a minha alma, que eu posso fazer esse trabalho”, reiterou.

Clima de enterro entre os democratas

A cobertura da imprensa sobre o desempenho de Biden no debate de quinta-feira foi implacável. Veículos como o New York Times e o Washington Post destacaram a falta de energia do democrata, com o Wall Street Journal apontando que seu “problema de idade” eclipsou o debate político. O Politico mencionou o pânico entre os democratas, enquanto o Financial Times descreveu o desempenho de Biden como um tropeço durante todo o debate.

A CNN abriu sua rodada de análises do debate dizendo: “neste momento, há um pânico profundo, amplo e muito forte no Partido Democrata. Começou minutos após o início do debate e continua agora. Envolve estrategistas partidários e autoridades eleitas.

Envolve arrecadação de fundos, e eles estão conversando sobre o desempenho do presidente, que eles consideram péssimo, que eles acham que prejudicará outras pessoas no partido na chapa.”