Crusoé: militares recuam e voltam aos quartéis na Bolívia
Quem estava liderando o movimento militar é o general Zuñiga; ele queria impedir um eventual retorno de Evo Morales à Presidência
Os militares que cercaram o palácio presidencial da Bolívia, na capital, La Paz, na tarde desta quarta-feira, 26 de junho, em uma tentativa de golpe de Estado começaram a se retirar e estão regressando aos quartéis.
A imprensa boliviana noticiou o começo do recuo por volta das 17h30 no horário local, 18h30 em Brasília.
Quem estava liderando o movimento militar é o general Zuñiga.
Na terça, 25, Zuñiga disse na televisão que o ex-presidente Evo Morales não poderia voltar a comandar o país. As próximas eleições presidenciais estão previstas para 2025.
“Não creio que ele vá ser eleito legalmente, pois está inabilitado”, disse Zúniga. “Esse senhor não pode mais voltar a ser presidente deste país.”
Zuñiga disse que o papel das forças sob seu comando é o de cumprir a Constituição, e que ele faria cumprir a inelegibilidade de Morales “com todas as ferramentas e os instrumentos que nos outorgam a Constituição”.
Quando questionado se prenderia ou mataria Morales, o general foi lacônico: “Somos um braço armado da pátria”, limitou-se a dizer. “Creio que isso ficou claro.”
A fala levou à imediata demissão do general pelo atual presidente boliviano, Luis Arce.
Ao longo da tarde, enquanto os militares continuavam mobilizados na frente do palácio presidencial, Arce anunciou a renovação de toda a cúpula das Forças Armadas.
Em sua primeira manifestação pública após ter o palácio presidencial cercado por militares nesta quarta-feira, 26, em La Paz, Arce disse que o seu governo segue no comando do país. ao lado dos seus ministros, ele definiu a situação como uma tentativa de golpe de estado.
“Ao povo boliviano e a toda a comunidade internacional: o pais está enfrentando hoje uma tentativa de golpe de Estado”, ele inicia. “Hoje o país enfrenta uma vez mais os interesses para que a democracia na Bolívia caia...
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