Após uma semana tentando, Lula consegue levar dólar a R$ 5,52
Esse é o maior patamar da moeda americana no governo Lula. Desde o início da série de entrevistas do petista a divisa dos EUA disparou 10 centavos de real
A moeda americana encerrou a terça-feira, 26, no maior patamar desde 18 de janeiro de 2022. É o novo recorde da divisa dos Estados Unidos contra o real no atual governo desde 3 de janeiro do ano passado, quando os investidores receosos com Lula levaram o dólar a fechar em 5,46 reais.
A mudança nas perspectivas sobre o corte de juros nos Estados Unidos, com a constante postergação do início do ciclo de afrouxamento monetário, também contribui para a escalada do dólar que tem se apreciado contra praticamente todas as moedas emergentes nos últimos dias. No entanto, o presidente brasileiro certamente tem auxiliado na desvalorização do real.
Deste a terça-feira da semana passada, 18, quando Lula iniciou a sequência de entrevistas e a verborragia incontida do eterno candidato, o dólar se apreciou 10 centavos de real, ou 1,86% contra a moeda brasileira. No período, o real registrou a pior performance em uma cesta com 23 emergentes.
Estragos
O estrago dos excessos e da falta de compromisso do petista com a economia do país é maior que esta semana. Coincidência ou não, foi nesse período que a divisa nacional alcançou e ultrapassou o peso argentino como moeda mais desvalorizada entre os emergentes no ano. Desde o início de 2024, o dólar acumula alta de 12,03% contra o real e 11,25% contra a moeda gerida pelo desafeto do petista, o argentino Milei.
No fim do dia, Lula admitiu que o dólar subiu porque o mercado “não deve ter gostado” das declarações feitas mais cedo, antes de retornar ao proselitismo sem fim do Brasil que tem que dar certo para todos e não só para alguns.
O petista ainda não se tocou que além de viajar pelo mundo com a primeira dama, e fazer discurso eleitoral toda vez que se aproxima de um microfone, em algum momento, ele deve tomar posse como presidente da República e começar a trabalhar.
Contas públicas
Há muito a ser feito, a começar pelas contas públicas. O déficit primário do governo central em maio deste ano, divulgado também nesta terça-feira, 26, pelo Tesouro Nacional, é o pior para o mês desde 2020 – auge da pandemia. A arrecadação tem crescido com a força impelida pelo governo para que a mão invisível do Estado alcance cada vez mais bolsos brasileiros. No entanto, as despesas continuam crescendo em ritmo mais forte.
Está na hora de trabalhar. Como eternizado no meme do técnico Tite: Lula, fala muito! Fala muito!
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