Criminoso trans ganha R$ 1,7 milhão por detenção em prisão masculina Criminoso trans ganha R$ 1,7 milhão por detenção em prisão masculina
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Criminoso trans ganha R$ 1,7 milhão por detenção em prisão masculina

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Alexandre Borges
4 minutos de leitura 26.06.2024 08:02 comentários
Sociedade

Criminoso trans ganha R$ 1,7 milhão por detenção em prisão masculina

Ali Miles alegou discriminação de gênero por ser mantido com homens na Ilha de Rikers

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Alexandre Borges
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Criminoso trans ganha R$ 1,7 milhão por detenção em prisão masculina
Foto: Reprodução/X

Ali Miles, um criminoso do sexo masculino que se identifica como mulher muçulmana, ganhou US$ 350 mil (aproximadamente R$ 1,7 milhão) em um acordo após processar a cidade de Nova York.

O detento alegou que a decisão das autoridades de mantê-lo em uma prisão masculina na Ilha de Rikers foi um ato de “discriminação de identidade de gênero”. Miles, anteriormente conhecido como Dylan Miles, passou um mês na cadeia novaiorquina antes de ser transferido de volta ao Arizona, onde foi condenado por várias acusações.

Miles foi mantido na Ilha de Rikers de junho a julho de 2022 após ser preso em Nova York. Ele foi condenado por duas acusações de assédio e violência doméstica, além de conduta desordeira, assédio, ameaças e falsa comunicação à polícia, resultando em uma sentença de 312 dias de prisão e três anos de liberdade condicional supervisionada.

Mais de um ano depois de ser detido na Ilha de Rikers, Miles entrou com um processo contra a cidade, pedindo US$ 22 milhões em indenização. Ele afirmou que o juiz havia concordado em notificar a prisão para que fosse colocado na prisão feminina, mas que, ao chegar no complexo prisional, nenhuma providência foi tomada. Um membro da equipe teria dito: “não fazemos essa coisa de trans aqui”.

Não foi a primeira vez que Miles processou entidades por recusarem sua identidade de gênero. Em pelo menos cinco ocasiões, ele acusou várias empresas de discriminação, incluindo uma loja onde trabalhou brevemente. Nesse caso, Miles alegou que a proprietária, uma mulher muçulmana, o ridicularizou por tentar se apresentar como mulher e fez alegações “infundadas” sobre seu trabalho.

A cidade de Nova York, no acordo, manteve que as alegações de Miles eram falsas e não aceitou qualquer culpa. Casos como o de Miles são parte de um debate crescente sobre a alocação de presos transgêneros em instalações prisionais que correspondam à sua identidade de gênero.

Críticos argumentam que colocar homens biológicos em prisões femininas pode representar riscos para as mulheres detentas e infringir seus direitos.

Miles processou várias empresas, incluindo estúdio de ioga em NY

Ali Miles entrou com um processo de US$ 5 milhões contra o estúdio de ioga Hot Yoga Chelsea, em Manhattan, alegando discriminação de identidade de gênero. O trans tem um histórico de processos judiciais em busca de compensações financeiras.

Este é o terceiro processo por discriminação de identidade de gênero movido por Miles em apenas 13 meses. Além do incidente mais recente no estúdio de ioga, Miles já havia processado uma academia Planet Fitness e um abrigo para sem-teto, sempre alegando discriminação relacionada à sua identidade de gênero.

Miles, que afirma estar em processo de transição, utiliza roupas femininas e está em terapia hormonal. Apesar da proibição do estúdio de ioga, ela entrou no vestiário feminino, o que gerou reclamações de outras mulheres presentes. Uma testemunha descreveu o comportamento de Miles como perturbador, afirmando que “ele estava 150% homem” e que suas genitálias estavam expostas no vestiário.

O advogado de Miles, Peter Sverd, também representou o criminoso nos casos anteriores. Segundo Sverd, a lei de 2016 em Nova York exige que estabelecimentos públicos permitam que os visitantes usem banheiros alinhados com sua identidade de gênero ou forneçam banheiros unissex.

Especialistas afirmam que processos relacionados ao uso de banheiros por pessoas transgênero podem se tornar um problema crescente para empresas em Nova York. A legislação local apoia o direito de indivíduos transgêneros utilizarem instalações que correspondam à sua identidade de gênero.

https://oantagonista.com.br/sociedade/bbc-admite-erro-sobre-homens-que-amamentam/

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