“A esquerda ocidental empodera os radicais islâmicos”, diz Yasmine Mohammed a Crusoé
Aos 19 anos, ela foi obrigada a se casar com um terrorista da Al Qaeda, mesmo vivendo no democrático e pacato Canadá
A canadense Yasmine Mohammed foi obrigada a usar a burca na infância, depois que sua mãe divorciada casou-se com um muçulmano radical. Aos 19 anos, foi obrigada a se casar com um terrorista da Al Qaeda, mesmo vivendo no democrático e pacato Canadá. Quando estava grávida, ela conseguiu escapar de sua sina. Livre, tornou-se uma das vozes mais corajosas em defesa das mulheres que vivem em países de maioria islâmica.
Para o Crusoé Entrevistas, Yasmine conta a própria história e fala do seu livro Unvealed: How the West Empowers Radical Muslim (Sem o véu: como o Ocidente empodera os radicais islâmicos, em tradução livre).
“No meu livro, eu conto a história de quando eu tinha 12 anos. Eu pedi ajuda a um dos meus professores que foi à polícia, ao serviço de proteção infantil. Nós conversamos sobre todos os abusos que estavam acontecendo em minha casa. No final, o juiz me disse: “Esta é a sua cultura. Esta é a sua religião. Essa é a maneira que a sua família escolheu para discipliná-la. Não há nada que eu possa fazer por você”. Então, se uma menina é vítima de mutilação genital feminina (MGF), algo que é muito comum no país da minha mãe, que é o Egito. Se uma menina for vítima disso e nada acontecer. Então não haverá um impedimento para a família dela fazer o mesmo procedimento com as outras filhas“, disse Yasmine.
Um dos principais temas de Yasmine é a passividade das feministas ocidentais, que se esquivam de condenar a brutalidade dos homens islâmicos com as mulheres por medo de serem chamadas de islamofóbicas. Para Yasmine, a falta de ação do Ocidente conduz a violências constantes contra as mulheres e está na origem do atentado terrorista do Hamas a Israel em 7 de outubro do ano passado.
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