A Coreia do Sul está adotando uma nova estratégia para revigorar seu setor turístico e cultural. Com o lançamento iminente do “K-Culture Training Visa”, o país visa atrair entusiastas internacionais que desejam aprender as habilidades de dança, canto e atuação que fizeram das estrelas de K-Pop ícones globais.

Esta iniciativa, anunciada recentemente pelo Ministério das Finanças, promete simplificar o processo para aqueles que aspirem a treinar nas prestigiadas academias coreanas. Interessantemente, esta oferta é inicialmente livre de testes competitivos ou necessidade de contratos prévios com agências de talentos, tornando-a acessível e convidativa.

Por que a Coreia do Sul está oferecendo o Visto K-Culture?

Este movimento estratégico não é apenas sobre fomentar talentos, mas também sobre aproveitar a explosiva popularidade mundial da cultura pop coreana. O fenômeno global da onda Hallyu, que compreende desde dramas televisivos até a música pop, tem levado ondas de visitantes estrangeiros às terras sul-coreanas, desejosos de consumir a cultura que tão avidamente veem de longe.

O impacto do K-Pop no turismo sul-coreano

No último ano, a influência de ícones como BTS e Blackpink foi particularmente notável, não apenas nas paradas de sucesso, mas como um impulso significativo nas estatísticas de turismo. O crescimento desse setor, contudo, ainda não se recuperou totalmente dos impactos da pandemia de COVID-19, com os números de 2023 não alcançando os picos pré-pandemia.

No entanto, com a facilidade aumentada para viajar e treinar na Coreia, a expectativa é que mais fãs se sintam encorajados a visitar. Celebridades como Lee Jung-jae, de “Round 6”, já estão sendo usadas em campanhas que visam pintar a Coreia do Sul como o destino ideal para os amantes da cultura pop.

Outras Inovações em Vistos Sul-Coreanos

Além do K-Culture Visa, o governo sul-coreano também tem se adaptado às novas tendências globais, como a crescente força de trabalho remota. Neste ano, foi introduzido o visto “workation”, que permite trabalhar de forma remota enquanto se explora a riqueza cultural e turística do país. Esta política visa não só atrair turistas temporários, mas também profissionais que podem contribuir a longo prazo para a economia local.

Enquanto esses programas são bastante promissores, especialistas acreditam que eles são fundamentais para sustentar o mercado de trabalho e enfrentar desafios demográficos. Com uma das taxas de fertilidade mais baixas do mundo, a Coreia do Sul vê essas medidas como essenciais para rejuvenescer sua população trabalhadora e, por extensão, sua economia.