Morre a atriz Jacqueline Laurence aos 91 anos
Embora não tenha oficializado sua naturalização, Jacqueline, que chegou ao Brasil ainda adolescente, sempre se considerou tão brasileira.
A atriz Jacqueline Laurence morreu no início desse segunda-feira, 17, aos 91 anos, na Coordenação de Emergência Regional (CER) do Leblon, no Rio de Janeiro, onde estava internada desde última quinta-feira, 13.
Segundo as primeiras informações da CER, a atriz faleceu de uma parada cardíaca as 2h20.
Morre a atriz Jacqueline Laurence
Quando falamos de talentos que transpõem fronteiras, Jacqueline Laurence, nascida em Marselha mas radicada no Brasil, é um nome que se destaca.
Explorando não apenas os palcos, mas também as telas brasileiras, a trajetória de Laurence se entremeia com a história cultural do país ao longo das últimas décadas.
Jacqueline chegou ao Brasil na juventude, seguindo os passos do pai, um jornalista que influenciou também seu irmão e seu sobrinho na escolha profissional.
Apesar dos desafios políticos e sociais deste período, em especial durante a ditadura, ela adotou o Brasil como sua casa, sem, contudo, obter a cidadania, uma escolha marcada mais pelo acaso do que por vontade própria.
Carreira na televisão
Embora não tenha oficializado sua naturalização, Jacqueline sempre se considerou tão brasileira quanto francesa.
Essa adaptação transcultural pode ser vista tanto em sua vida pessoal quanto profissional.
A atriz destacou-se por incorporar personagens sofisticadas e elegantes, sistemática que lhe exigiu superar barreiras, inclusive perder seu marcante sotaque francês.
Na TV Globo, Jacqueline conquistou um espaço significativo, participando de sucessos como “Dancin’ Days”, “Guerra dos Sexos,” e “Senhora do Destino”, cada papel consolidando ainda mais seu talento e versatilidade.
Sua contribuição estendeu-se até produções recentes, como “Salve-se Quem Puder”, mostrando que seu carisma e habilidade em atuar não encontram fronteiras temporais.
Legado no teatro brasileiro
Além da televisão, Jacqueline foi uma figura central no movimento teatral conhecido como Besteirol, durante a década de 1980 no Rio de Janeiro.
Este estilo de teatro, que misturava humor, crítica social e política, ajudou a moldar a carreira de notáveis da cena artística brasileira, como Miguel Falabella e Guilherme Karam.
Direcionando e atuando, Laurence deixou um legado duradouro no teatro brasileiro.
Olhando para trás, na história dessa atriz incrível, fica claro que Jacqueline Laurence não foi apenas uma participante na cena cultural brasileira — ela foi uma de suas protagonistas.
Ao refletir sobre sua vida e obra, vemos uma mulher que, além de talentosa e resiliente, foi profundamente comprometida em fazer do Brasil sua casa e palco de sua arte vibrante.
Rever a carreira de Jacqueline Laurence é entender um pouco mais sobre os cruzamentos culturais que tanto enriquecem o Brasil.
Através de sua arte, ela não apenas divertiu, mas também ensinou e inspirou, provando ser uma verdadeira estrela em qualquer cenário.
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