Crusoé: O documento que pede a paz na Ucrânia (e que o Brasil não assinou)
Reunião na Suíça culpou a Rússia de Vladimir Putin de maneira exclusiva pelo conflito. Foi por isso que Lula boicotou as discussões desde o início?
Neste domingo, 16, um grupo de 81 nações e organizações assinaram uma declaração onde pedem o fim da invasão russa na Ucrânia, onde culpam o exclusivamente o governo de Vladimir Putin pelas dezenas de milhares de mortes, pela destruição na região e pela desestabilização da ordem mundial.
O Brasil, que boicotou o evento desde o início por considerá-lo inviável sem a presença do país agressor, não assinou o documento.
O comunicado final foi divulgado pelo governo da Suíça, que recebeu o evento. Os signatários entendem que a Rússia é inteiramente responsável pela guerra, na condição de agressora. Há, no entanto, três premissas devem ser respeitadas para um “caminho para a paz” na região.
1. Tanto Moscou quanto Kiev devem garantir a segurança das usinas nucleares em áreas de conflito — incluindo a usina de Zaporizhzhia, a maior da Europa e que está sob cerco e controle russo. Além disso, complementam, “qualquer ameaça ou uso de armas nucleares no contexto da presente guerra contra a Ucrânia, é inadmissível.”
2. Os portos no Mar Negro e no Mar de Azov devem ter a sua navegação “livre, completa e segura”, garantindo o fluxo ininterrupto de cereais a todo o mundo. A Ucrânia, como uma das maiores produtoras de grão do planeta, se viu sem parte da sua costa perdida desde 2014 para os russos, que agora atacam cotidianamente o porto de Odessa, o maior do país.
“Ataques a navios da marinha mercante em portos e ao longo da rota, assim como contra portos civis e sua infraestrutura portuária, são inaceitáveis”, continua o documento. “A segurança alimentar não pode ser arma em nenhuma maneira. Os produtos agrícolas ucranianos precisam ser livre e seguramente oferecidos a países interessados.”…
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