O inverno chega oficialmente na próxima quinta-feira, 20, às 17h51 (horário de Brasília). De acordo com a Climatempo, neste ano, a formação e gradual intensificação de um novo episódio do fenômeno La Niña terá influência no padrão de temperatura e de precipitação ao longo da estação.

Durante o inverno, as águas do oceano ao longo da faixa litorânea entre o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo continuarão aquecidas, fornecendo mais calor para a atmosfera e aquecendo regiões adjacentes. No entanto, esse aquecimento tende a diminuir ao longo da estação, fazendo com que áreas mais distantes da costa se resfriem.

Enquanto isso, o Atlântico subtropical tende a se aquecer lentamente durante o inverno, especialmente em áreas próximas da costa de Santa Catarina até o Rio de Janeiro. Isso ocorre devido ao frequente escoamento de ar quente do interior do país para essas regiões, segundo a empresa de meteorologia.

Efeito do La Niña no inverno

As frentes frias e as massas de ar frio que as acompanham também ficarão mais frequentes com a atuação do fenômeno La Niña. No entanto, durante o inverno elas deverão esbarrar na grande massa de ar seco que se estabelece no interior do país. Dessa forma, é provável que ocorram temperaturas dentro e abaixo da média apenas no extremo sul do Brasil.

O inverno será marcado por tempo seco em todas as áreas, especialmente no interior de São Paulo e em Minas Gerais. Segundo estimativas, muitas áreas, como o norte do Estado de São Paulo, o triângulo mineiro e o noroeste de Minas, poderão passar os meses de julho e agosto inteiros sem chuva. Essa condição deve se manter até meados de setembro.

A tendência também é de baixos volumes e chuvas fracas no Espírito Santo e leste de Minas, principalmente em julho. No litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro, a previsão da Climatempo é de chuvas menos frequentes do que o normal, mas que podem ser volumosas durante a passagem de frentes frias.

Temperaturas acima da média

De forma geral, as temperaturas ficarão acima da média em São Paulo, no triângulo mineiro e no sul de Minas, devido à atuação frequente e persistente de bloqueios atmosféricos que favorecem tempo muito seco. O mesmo ocorrerá no Rio de Janeiro, no litoral do Espírito Santo e no noroeste de Minas, onde as temperaturas também ficarão um pouco acima da média.

Em algumas ocasiões, o ar frio polar chegará em julho, principalmente no sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro, zona da mata mineira e sul do Espírito Santo.

A partir de agosto, áreas do Sudeste como o Estado de São Paulo terão um aumento mais evidente no número de dias frios, alternando com períodos mais longos de temperatura acima do normal. Já em setembro, a previsão é de um mês muito quente e propenso a ondas de calor, segundo a Climatempo.

O risco de chuvas volumosas e persistentes diminui gradualmente ao longo da estação, mas ainda existe a possibilidade de ocorrência dessas chuvas devido às frentes frias com deslocamento oceânico entre agosto e setembro.

Entre julho e setembro, as temperaturas ficam acima da média histórica no Paraná, um pouco acima em Santa Catarina e em torno da média no Rio Grande do Sul.