Brasil será ouvido quando adotar princípio das nações civilizadas, diz Zelensky
Presidente ucraniano foi questionado sobre as ausências do Brasil e da China na assinatura final da declaração da cúpula da paz
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (foto), se manifestou neste domingo, 16, ao final da cúpula para a paz na Ucrânia, sobre o fato de o Brasil não ter assinado a declaração final do evento.
Questionado sobre as ausências do Brasil e da China na assinatura do documento, Zelensky afirmou que os dois países serão ouvidos quando “adotarem princípios das nações civilizadas”.
Disse que não há “nenhum mal entendido” diplomático em relação ao conflito: “A guerra não é uma divergência, é outra coisa”.
“A Rússia está sendo um país de ocupação e está fazendo contra outro país, no caso, a Ucrânia, que é uma vítima. Não há uma divergência de opiniões, nenhum mal entendido diplomático. É um caso bastante grave e com muitas vítimas. Não fomos nós que começamos esta guerra”, afirmou o presidente ucraniano.
“A Ucrânia tem direito à sua independência, à integridade territorial do seu país e o sucesso desta cúpula passa também por todos terem reconhecido isso e foi um apoio robusto ao que aconteceu aqui pela Ucrânia”, disse, acrescentando que “quando o Brasil e a China adotarem os princípios expressos pela comunidade internacional, que uniram todos nós hoje como nações civilizadas, deveremos então unir esforços de todo o mundo nesse sentido”.
Zelensky afirmou que “muitos países defenderam que devia haver uma representação da Rússia”, enquanto “a maioria dos países não queria apertar a mão deles e tinham opiniões diferentes”.
Lula, como mostramos, recusou-se a comparecer ao evento, realizado na Suíça, alegando que a cúpula não alcançaria seu objetivo pela paz sem o envolvimento dos russos nas negociações.
Além do Brasil, que participou do evento como observador, a Arábia Saudita, o México, a Índia, a África do Sul e a Indonésia não assinaram a declaração final.
A lista de signatários inclui 84 nações, além da Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho da Europa.
Lula já deu várias declarações controversas sobre o conflito, inclusive uma na qual disse que o governo de Kiev, vítima da invasão, também era responsável pela guerra. Em outra ocasião, disse que o apoio ocidental aos ucranianos estava apenas prolongando o conflito. Ou seja, Lula propagandeia a versão do Kremlin sobre a guerra.
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