Opositor de Maduro cobra Lula por observadores na Venezuela
Em maio, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela revogou o convite feito à União Europeia para acompanhar o pleito
O diplomata venezuelano Edmundo González Urrutia (foto), nome escolhido pela oposição para tentar destronar Nicolás Maduro do poder, disse que Lula precisa insistir para que o ditador aceite ter observadores internacionais nas eleições de 28 de julho.
Em maio, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela revogou o convite feito à União Europeia para acompanhar o pleito como observador.
“O papel mais importante que dois atores-chave da política regional podem desempenhar é insistir com o presidente Maduro para que aceite a observação internacional, retomando o convite da UE, que é fundamental”, afirmou Edmundo em entrevista à Folha.
“Precisamos ter a maior participação internacional de observadores que venham acompanhar o processo, porque é isso que garante a integridade dos resultados. Os argumentos dados para desconvidar a UE deixam uma impressão muito ruim e levantam especulações, fazem as pessoas se perguntarem ‘bem, por que agora não querem que a UE venha?’, ‘do que têm medo?’”.
Edmundo é parte da oposição que Maduro permitiu na “eleição”, que foi marcada para a data em que se comemora o aniversário de Hugo Chávez.
Com tantas ameaças ao processo eleitoral (a foto de Maduro aparece 13 vezes na cédula de votação), o candidato tem muito trabalho para unir a oposição venezuelana em torno de seu nome e a missão quase impossível de vencer a máquina de Maduro, no poder desde 2013.
O CNE, controlado por Maduro, atendeu a um pedido da Assembleia Nacional, igualmente dominada pelo regime chavista, para revogar o convite aos observadores europeus.
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