Um fuzil para enfrentar os carros blindados do tráfico
O novo comandante do Bope solicitou 20 fuzis calibre .338 Lapua Magnum, conhecidos pela alta potência e precisão, utilizados por snipers
O recém-empossado comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro, Aristheu de Góes Lopes, encaminhou ao Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar uma lista com 10 demandas para reforçar a tropa. Entre as justificativas apresentadas, destaca-se a preocupação em enfrentar traficantes e milicianos, que já possuem veículos blindados, conforme documentos emitidos recentemente.
Segundo Aristheu Lopes, os grupos criminosos utilizam técnicas de guerrilha e armamentos letais, como barricadas com seteiras e até mesmo veículos blindados, para confrontar os agentes. Além disso, o comandante menciona disparos de longa distância direcionados aos policiais.
Bope pede fuzil utilizado por snipers
De acordo com reportagem do O Globo, essas justificativas embasam o pedido por 150 fuzis 7,62 x 51mm, um armamento mais potente e com menor risco de atravessar o alvo. Segundo o comandante, o armamento atual está em uso há 10 anos e precisa ser atualizado para garantir a eficácia das operações policiais. Em 2022 a própria PM adquiriu fuzis calibre 5,56 com o objetivo de reduzir os efeitos colaterais causados pelo uso dos antigos fuzis calibre 7,62.
Outra demanda presente na lista é a solicitação de 20 fuzis calibre .338 Lapua Magnum, conhecidos pela alta potência e precisão, utilizados apenas por snipers. Essas armas, que possuem um ferrolho, são capazes de disparar a longa distância e atravessar barricadas e veículos blindados.
O modelo, utilizado até mesmo na Guerra do Afeganistão, é empregado também para proteger autoridades em eventos externos. Segundo o comandante, essas unidades serão destinadas ao Grupo de Atiradores de Precisão do Bope, uma vez que o armamento atual não tem atendido adequadamente às demandas de confronto contra os criminosos e garantia da segurança de autoridades.
Solicitação de outras armas de fogo
A Unidade de Intervenção Tática (UIT) solicitou a aquisição de 50 submetralhadoras silenciadas calibre 9mm. Essa divisão atua em situações que requerem intervenção cirúrgica, precisa e sigilosa, como retomada de pontos sensíveis e resgate de reféns. A arma é descrita como leve, fácil de manusear, precisa e com disparo rápido.
Com o objetivo de realizar operações mais discretas, reduzindo a detecção sonora e visual, foi solicitada a compra de 40 fuzis semiautomáticos calibre .308 Winchester com bipé e silenciador. Segundo o documento, esse modelo proporciona estabilidade, sigilo e precisão em longa distância em missões de infiltração e exfiltração, onde a surpresa e a ocultação são fundamentais.
Além das armas, o pedido inclui a compra de 300 capacetes balísticos, oito drones, novos uniformes, doze furgões e dois micro-ônibus.
Em nota oficial, a Polícia Militar esclarece que as solicitações de equipamentos têm cunho institucional, orientando futuros investimentos e aquisições por meio de procedimentos licitatórios. A corporação ressalta que atualmente não há falta de armamento, fardamento, viaturas ou qualquer outro aparato logístico para as equipes do Bope. O objetivo é sempre melhorar os serviços prestados.
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