MST volta a invadir sede do Incra em Alagoas
O grupo de militantes do MST protesta contra a nomeação de Junior Rodrigues do Nascimento como novo superintendente do Incra
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) realizou uma nova invasão na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas, nesta quarta-feira, 5, em protesto contra a nomeação de Junior Rodrigues do Nascimento como novo superintendente.
Essa é a segunda vez que o movimento se manifesta contra a indicação de Nascimento, a primeira ocorreu no final de abril.
Apesar de ter substituído o primo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no cargo, Nascimento faz parte do mesmo grupo político.
Antes de assumir o Incra, ele ocupava o cargo de diretor-presidente da Naturagro, uma entidade sediada em Maceió que representa beneficiários do programa nacional de reforma agrária. Segundo o MST, essa nomeação representa a continuidade do bolsonarismo, disse reportagem do O Globo.
O que reivindica o MST
O movimento reivindica a nomeação do servidor José Ubiratan. Em abril, Wilson Cesar de Lira Santos foi demitido para atender às demandas do MST, que vinha pleiteando sua exoneração desde o ano passado.
Desde o início do governo do presidente Lula (PT), o MST tem exigido a exoneração do primo de Lira, juntamente com a indicação de um superintendente alinhado com os ideais do movimento. Nesse contexto, os integrantes continuam pleiteando a nomeação de um aliado.
Outras invasões ao Incra de Alagoas
Em abril, o MST voltou a invadir a sede da superintendência do Incra em Alagoas, em protesto contra a nomeação de Junior Rodrigues do Nascimento, indicado do presidente da Câmara, Arthur Lira, para o posto.
A invasão foi um episódio do chamado “Abril Vermelho”, mês em que os militantes intensificaram suas marchas e invasões para pressionar o governo por reforma agrária.
“Traços do bolsonarismo“
“A ação repudia a nomeação de Junior Rodrigues do Nascimento para superintendência do órgão, substituindo o superintendente exonerado nas últimas semanas, César Lira, ambos indicados pelo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP)”, disse o movimento.
“Para os movimentos a nomeação representa a continuidade da gestão com traços do bolsonarismo, herdado pela condução de César Lira desde o governo Temer”, acrescentou.
No “Abril Vermelho” MST invadiu pelo menos 32 lotes de terra em 15 estados: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe.
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