Secretaria da Reconstrução do RS só preencheu 4 dos 29 cargos
Paulo Pimenta está há 20 dias no cargo, mas ainda não conseguiu formar uma equipe nem estruturar um local de trabalho para atuar no estado
Paulo Pimenta está há 20 dias à frente da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, mas ainda não conseguiu formar uma equipe nem estruturar um local de trabalho para atuar no estado.
Segundo a Folha de S.Paulo, ele tem direito a 29 cargos, em Brasília e no Rio Grande do Sul, mas até agora só preencheu quatro. O nome mais conhecido é o do ex-prefeito de Taquari Emanuel Hassen de Jesus, o Maneco, escolhido para ocupar a secretaria-executiva da pasta.
Sem funcionários, a nova pasta de Pimenta não tem site nem agenda oficial de autoridades.
“A minha agenda envolve três dimensões: acompanhamento da situação e da atuação e ação dos ministérios […]; relação com o governo do estado e as prefeituras para tentar acompanhar os planos de trabalho, as demandas […]; e acompanhamento das ações de entregas, rodovias, colocação de bombas, a presença do governo federal nas regiões”, disse o ministro ao jornal.
A secretaria de reconstrução também não tem estrutura física em Porto Alegre e funciona em andar de um prédio do Banco do Brasil.
Criado por meio de medida provisória, o ministério extraordinário de Paulo Pimenta ainda depende da aprovação do Congresso para ser mantido até fevereiro de 2025, como planejou o Palácio do Planalto.
A tragédia no Rio Grande do Sul
Enquanto Pimenta não consegue estruturar seu ministério, o governo do Rio Grande do Sul contabiliza 172 mortos, 41 desaparecidos e 806 feridos em função das fortes chuvas que atingiram o estado entre o final de abril e o início de maio.
Segundo balanço divulgado pela Defesa Civil nesta quarta-feira, 5, às 9h, são 476 municípios afetados e 572.781 pessoas desalojadas, das quais 30.442 estão em abrigos.
Ao todo, 1.086 escolas foram afetadas pelas chuvas, prejudicando o ensino de quase 400 mil alunos.
O estado também registra 59 trechos com bloqueios totais e parciais em 34 rodovias, entre estradas, pontes e balsas, e o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, segue com operações suspensas por tempo indeterminado.
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