Empresário suspeito de ligação com PCC tem prisão revogada
O suspeito foi preso em 11 de abril e atualmente encontra-se na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo
A Justiça de São Paulo revogou a prisão preventiva de Luiz Carlos Efigênio Pacheco (foto), conhecido como Pandora, presidente da Transwolff, uma das maiores empresas de ônibus da cidade. A empresa é investigada por suposta ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Pacheco foi preso em 11 de abril e atualmente encontra-se na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Segundo o advogado Roberto Vasco Teixeira Leite, representante de Pacheco, a soltura do empresário ainda depende dos trâmites burocráticos com o presídio, informou reportagem da Folha de S. Paulo.
Na sessão desta manhã, foi concedido o habeas corpus e a revogação da prisão preventiva, afirmou o advogado.
Empresa de ônibus e o PCC
A Transwolff, comandada por Pacheco, possui a segunda maior frota de ônibus da cidade de São Paulo. A empresa é acusada pelo Ministério Público de utilizar dinheiro proveniente do crime organizado para vencer licitações de transporte público e adquirir pelo menos 50 coletivos em 2015.
Pacheco é um dos alvos de uma operação do Ministério Público que acusa duas empresas de ônibus, a Transwolff e a UPBus, de integrarem um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC.
Lucros na forma de dividendos
A investigação revelou que empresas como a Transwolff e a UPBus, outra empresa alvo da operação, utilizavam nomes de laranjas para esconder os verdadeiros donos e contadores para maquiar as transações financeiras, a fim de participarem de licitações públicas. A Receita Federal constatou que as empresas conseguiram misturar dinheiro lícito e ilícito e retirar lucros na forma de dividendos para os sócios.
O Ministério Público determinou a segunda etapa da investigação para descobrir se houve participação de agentes políticos no esquema. Promotores do Gaeco estão reunindo indícios de autoria e materialidade dos crimes citados na denúncia.
Operação Fim da Linha
A Operação Fim da Linha resultou na prisão de sete pessoas. Uma oitava pessoa foi presa na Operação Munditia. Durante as ações, foram apreendidas 11 armas, 813 munições diversas, R$ 161 mil em espécie, além de computadores, HDs, pen drives, dólares e barras de ouro.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, os envolvidos utilizaram o serviço de transporte público por ônibus na capital para ocultar a origem ilegal dos ativos e do capital provenientes do tráfico de drogas, roubos e outros crimes.
Envolvimento do PCC
A investigação revelou que, entre os anos de 2014 e 2024, um indivíduo responsável por coordenar as atividades de tráfico do PCC e outra pessoa injetaram mais de R$ 20 milhões em recursos ilícitos em uma cooperativa de transporte público da zona leste, que posteriormente se transformou na empresa Upbus. Essa ação possibilitou a participação da empresa em uma licitação promovida pela prefeitura de São Paulo em 2015. Ambas as pessoas envolvidas faziam parte do quadro societário da Upbus.
No caso da Transwolff (TW), entre os anos de 2008 e 2023, dez indivíduos foram acusados de constituir e integrar uma organização criminosa. Eles utilizaram o grupo econômico TW/Cooperpam para cometer os crimes de apropriação indébita, extorsão, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações. Estima-se que cerca de R$ 54 milhões provenientes do tráfico de drogas tenham sido lavados através dessa empresa de transporte, que também precisava dos recursos para se qualificar nas licitações.
Ambas as empresas sofreram intervenção por parte do município. Em uma edição extraordinária publicada no Diário Oficial do município, o prefeito Ricardo Nunes decretou a intervenção, informando que a prefeitura, por meio da SPTrans, assumiria o controle das lin
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