Israel bombardeia terroristas do Hamas em “escola” da ONU
Ataque foi “cuidadosamente planejado e executado”, dizem Forças de Defesa
As Forças de Defesa de Israel (FDI) e a agência de segurança do país, Shin Bet, realizaram um ataque com drones na madrugada desta terça-feira, 4 de junho, em Al Bureij, no centro de Gaza, contra terroristas do Hamas reunidos na escola Abu Al Khalo, administrada pela UNRWA, a agência local da Organização das Nações Unidas (ONU) criticada há uma década por autoridades israelenses por sua cumplicidade com o terror.
A ação ocorreu “de forma cirúrgica”, segundo o major e porta-voz das FDI nascido no Brasil, Rafael Rozenszajn, que publicou o vídeo do bombardeio.
“O ataque foi cuidadosamente planejado e executado com armamento preciso e evitando, tanto quanto possível, causar danos a civis não envolvidos.”
Segundo ele, o complexo bombardeado foi usado pelo Hamas “para planejar muitas operações terroristas contra o Estado de Israel e contra as forças das FDI que operam atualmente na Faixa de Gaza”.
Militares israelenses também relataram que outros 65 alvos foram atingidos em ataques aéreos em Gaza nas últimas 24h.
De acordo com as forças, os locais incluem edifícios usados por grupos terroristas, depósitos de armas, posições de lançamento de foguetes, postos de observação, outras infraestruturas, bem como células de homens armados.
As tropas israelenses continuam a operar em Rafah, no sul de Gaza, e no Corredor Netzarim, na parte central da Faixa.
As tropas que operam em Rafah localizaram vários “significativos” poços de túneis e esconderijos de armas no último dia, segundo as FDI.
Israel x UNRWA
No domingo, 2 de junho, a página oficial da UNRWA pregou “cessar-fogo agora” na Faixa de Gaza, com a seguinte nota:
“Devido às operações das Forças israelenses, milhares de famílias foram forçadas a fugir. Todos os 36 abrigos da UNRWA em Rafah estão agora vazios.
Estima-se que 1,7 milhões de pessoas estejam deslocadas em Khan Younis e áreas centrais de Gaza.
O espaço humanitário continua diminuindo.”
Hillel Neuer, diretor da ONG UN Watch, que vigia a ONU, comentou no X:
“UNRWA irritada com Israel por ter evacuado os habitantes de Gaza antes de atacar terroristas do Hamas em Rafah.
Além disso: o chefe da UNRWA [Philippe Lazzarini] acabou de se reunir com terroristas em Beirute antes de reintegrar Fathi al-Sharif, ligado ao Hamas, como chefe sindical da UNRWA e diretor de escola.”
Neuer explicou o caso em outra série de comentários acompanhados de imagens e vídeos:
“Em março, sob pressão da UN Watch, o chefe da UNRWA, Lazzarini, suspendeu al-Sharif por três meses sem remuneração devido às suas ligações com o Hamas. No entanto, em vez de condenarem as suas ligações com um grupo terrorista, os colegas de al-Sharif [que são] professores e funcionários da UNWRA o defenderam e entraram em greve em apoio.
Ao contrário da narrativa da UNRWA sobre o apoio dos professores ao terror – a de haver “apenas algumas maçãs podres” -, todo o sindicato dos professores da UNRWA no Líbano – 2.000 professores – realizou greves em massa em todo o país, fechando escolas e serviços, para marchar até o escritório da UNRWA em Beirute em apoio a al-Sharif.
Num protesto de 27 de março em frente à sede da UNRWA em Beirute, al-Sharif reuniu centenas de pessoas, ameaçando ‘más consequências’ se a UNRWA não resolvesse rapidamente a questão da sua suspensão.”
Neuer detalhou os encontros de Lazzarini em Beirute na semana passada, criticando especialmente a reunião com a seção libanesa da “Aliança das Forças de Resistência”, coligação baseada em Damasco “que inclui o Hamas, a Jihad Islâmica, a FPLP-GC [Frente Popular para a Libertação da Palestina] e a Fatah Al-Intifada”.
“No sábado, depois de se reunir com o chefe da UNRWA, a liga terrorista anunciou ‘a cessação de todas as ações de protesto crescentes contra a UNRWA, a partir de segunda-feira, 3 de junho’. Lazzarini, por que você reintegrou al-Sharif? O que mais você prometeu aos terroristas?”, questionou Neuer.
Depois, ele resumiu sua posição:
“O fato de Lazzarini se ter reunido em Beirute com uma liga de grupos terroristas, e alegadamente ter feito um acordo com eles para retirar a suspensão do líder sindical ligado ao Hamas, Fathi al-Sharif, em troca de ceder à sua agressiva greve de dois meses, mostra que o relatório Colonna [feito pelo ‘grupo de revisão independente’ da UNRWA, presidido pela ex-ministra das Relações Exteriores francesa, Catherine Colonna] e todas as promessas de reforma e responsabilização são uma piada de mau gosto.
A UNRWA está provando que é cúmplice dos terroristas, mais do que nunca, e que a agência está podre até ao âmago.”
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