Após algumas semanas de suspensão devido a inundações causadas pela cheia do Rio Guaíba, o metrô da região metropolitana de Porto Alegre retomou suas operações nesta quinta-feira. Desde as 8h da manhã, passageiros podem novamente contar com este importante meio de transporte, essencial para a mobilidade urbana na região.

O serviço foi restabelecido em um segmento restrito, abrangendo as estações de Novo Hamburgo até Mathias Velho, em Canoas. Este trecho, de 26 quilômetros, operará com horário limitado das 8h às 18h e sem cobrança de tarifa inicialmente, facilitando o retorno gradativo dos usuários ao uso do sistema de trens.

A Reativação Emergencial: Quais Estações Estão Funcionando?

Chamada de “trilhos humanitários”, a reativação emergencial do metrô abarca 13 estações que servem cinco municípios: Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo. Esta medida visa atender aproximadamente 30 mil passageiros por dia, uma capacidade reduzida comparada às condições operacionais normais de 110 mil pessoas.

Impacto para os Usuários

Em depoimentos compartilhados nas redes sociais pela Trensurb, a concessionária que administra o metrô, usuários expressaram grande alívio com a retomada do serviço. Duas passageiras destacaram a importância do retorno para suas rotinas de trabalho, interrompidas por mais de 20 dias devido à falta de transporte adequado.

Futuro e Investimentos

A normalização completa do sistema ainda enfrenta desafios significativos. A necessidade de reparo em duas das cinco subestações de energia, além da revitalização de extensos trechos de trilhos que permaneceram submersos, são apenas alguns dos obstáculos a serem superados. No entanto, através de uma medida provisória, o governo federal já destinou R$ 164,3 milhões para auxiliar na recuperação das instalações e infraestrutura.

Além disso, a Trensurb anunciou planos de restaurar o sistema de bilhetagem dentro de 30 dias. A promessa vem como uma luz no fim do túnel para a restauração completa do serviço, essencial para a dinâmica urbana das cidades envolvidas.

Enquanto o metrô opera parcialmente, a população e as autoridades locais observam atentamente os progressos das obras de recuperação, esperando que o sistema de transporte volte a sua capacidade máxima em breve e continue sendo um vetor fundamental de mobilidade na Região Metropolitana de Porto Alegre.