Ciclone se afasta do RS, mas mar segue agitado
Devido à circulação de ar seco impulsionada pelo ciclone, o tempo está bastante aberto no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul
Um ciclone extratropical se formou na costa do Rio Grande do Sul e agora está se afastando no Oceano Atlântico, seguindo uma trajetória para Leste. Através da imagem de satélite do GOES-16, capturada no final da manhã de hoje, é possível observar a grande espiral de nuvens característica desse tipo de fenômeno meteorológico, localizada a Leste da Região Sul e ao Sul do Sudeste do Brasil,.
Segundo o Metsul, devido à circulação de ar seco impulsionada pelo ciclone, o tempo está bastante aberto no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. No entanto, a circulação de umidade proveniente do sistema no mar está trazendo nuvens para várias regiões do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Apesar disso, de acordo com a análise dos modelos numéricos, o centro do ciclone apresenta uma pressão atmosférica em torno de 1000 hPa nesta quarta-feira, 29, o que não configura uma baixa pressão muito intensa.
Ciclone deve continuar se afastando
A tendência indicada pelos modelos é que o ciclone continue se afastando com uma trajetória rumo ao Leste. Portanto, não são esperados ventos fortes no Rio Grande do Sul após as rajadas que atingiram 70 km/h no Sul e Leste do estado ontem. No entanto, o mar continuará agitado.
A ressaca continua afetando as praias do Litoral Norte do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira e, devido ao extenso campo de vento sobre o oceano, é provável que atinja também as praias do Rio de Janeiro. A Marinha emitiu avisos de ondas de até 3,5 metros para a costa gaúcha, devido à ressaca.
Tragédia no RS: número de desaparecidos cai para 44
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou nesta quarta-feira, 29, que o número de desaparecidos em função das fortes chuvas que atingiram o estado caiu de 53 para 44.
O número de mortos, por sua vez, não registra alteração desde domingo, 26, permanecendo em 169.
Com 2,3 milhões de pessoas e 471 municípios afetados pelas enchentes, há 581.638 pessoas desalojadas, das quais 47.651 estão em abrigos.
As forças de segurança do Rio Grande do Sul resgataram 77.729 pessoas em decorrência das fortes chuvas.
Serviços de infraestrutura do Rio Grande do Sul
O Palácio do Piratini também atualizou a situação dos rios do estado no início da manhã.
- Lago Guaíba – Porto Alegre Gasômetro: 3,87m (cota de inundação: 3,60m no Centro)
- Rio dos Sinos – São Leopoldo: 4,89m (cota de inundação: 4,50m)
- Rio Gravataí – Passo das Canoas: 5,35m (cota de inundação: 4,75m)
- Rio Taquari – Muçum: 5,19m (cota de inundação: 18m)
- Rio Caí – Feliz: 3,11m (cota de inundação: 9m)
- Rio Uruguai – Uruguaiana: 8,34m (cota de inundação: 8,50m)
- Lagoa dos Patos – Laranjal: 2,27m (cota de inundação: 1,30m)
Sobre o fornecimento de energia, o governo gaúcho informou haver mais de 88,6 mil pessoas sem energia elétrica.
- CEEE Equatorial: 45.591 pontos sem energia elétrica (2,2% do total de clientes);
- RGE Sul: 43.100 pontos sem energia elétrica (1,4% do total de clientes)
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) afirmou que todo o serviço de abastecimento de água foi normalizado.
Em relação às rodovias estaduais, 67 trechos com bloqueios totais ou parciais, segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
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