Taiwan e EUA “contra o expansionismo autoritário” chinês
“Para enfrentar o desafio da pandemia, ajudamos uns aos outros. Agora que enfrentamos um expansionismo autoritário, continuamos a trabalhar juntos”, disse Lai Ching-te durante a reunião com os senadores dos EUA.
Depois de uma primeira delegação na segunda-feira, o novo presidente taiwanês recebeu esta quarta-feira, 29 de maio, outros parlamentares norte-americanos. Uma visita que ocorre uma semana depois das manobras militares da China na ilha.
Taiwan trabalhará com os Estados Unidos para enfrentar o “expansionismo autoritário”, disse o presidente Lai Ching-te à segunda delegação de parlamentares americanos que veio visitá-lo.
Na semana passada, a China organizou exercícios de mobilização de navios e aviões militares carregados de munições reais, três dias depois do discurso de posse de Lai Ching-te, visto pela China como uma “admissão de independência” da ilha. A China considera Taiwan parte do seu território e diz estar disposta a reconquistá-lo pela força, se necessário.
Falando à delegação, o novo presidente apelou ao apoio contínuo do aliado mais poderoso de Taipei. “Para enfrentar o desafio da pandemia, ajudamos uns aos outros. Agora que enfrentamos um expansionismo autoritário, continuamos a trabalhar juntos”, disse Lai Ching-te durante a reunião com os senadores dos EUA.
O presidente taiwanês já tinha recebido na segunda-feira a visita de outra delegação da Câmara dos Representantes, liderada pelo republicano Michael McCaul, presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros desta Câmara. “No futuro, faremos todo o possível para salvaguardar a democracia e fazê-la brilhar no mundo”, acrescentou.
A senadora democrata Tammy Duckworth disse a Lai que poderia contar com a delegação para estar sempre ao lado de Taiwan. Ela também anunciou que se juntaria ao “Stand With Taiwan Act” do senador republicano Dan Sullivan, um projeto de lei que visa impor sanções econômicas, energéticas ou financeiras à China em caso de intervenção ou uso de força em Taiwan.
Para o senador Sullivan, a visita destacou o “apoio sólido e bipartidário” a Taiwan. A delegação contou ainda com a presença dos senadores democratas Chris Coons e Laphonza Butler.
O Ministério das Relações Exteriores da China criticou a reunião como “sorrateira” e disse que ela “envia um sinal seriamente errado à força separatista pela independência de Taiwan”.
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