Crusoé: Moro promete “oposição firme” ao PT, sem populismo
Em entrevista para Felipe Moura Brasil, o senador comenta a decisão do TSE que manteve o seu mandato e fala de planos futuros
Após ter o mandato de senador mantido em uma votação unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sergio Moro prometeu seguir fazendo “oposição firme” ao governo do PT e apoiar um candidato para derrotar o partido nas eleições presidenciais de 2026.
Nesse trabalho, Moro diz que evitará entrar nas fileiras mais radicais da direita. “Sou oposição e sou uma firme oposição, mas quero evitar entrar no populismo do outro lado”, disse ele. “Prefiro, se for o caso, limitar minhas chances na política a alimentar um populismo ou um radicalismo que não interessam a ninguém.”
Em conversa com Felipe Moura Brasil, Moro falou sobre a decisão unânime que o livrou da cassação de mandato. “Eu sempre fui muito cauteloso. O que eu coloquei desde o início era: os fatos, as provas e o Direito então do nosso lado. Eram ações artificiais, que não tinham causa. E tanto o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná como o TSE proferiram julgamentos técnicos, os quais não reconheceram ali quaisquer irregularidades”, disse o senador.
Em relação às acusações sobre sua pré-campanha, Moro repudiou especialmente a menção a gastos com segurança, uma vez que ele incomodava o Primeiro Comando da Capital (PCC) e tinha um histórico de combate à corrupção. Ele também reclamou do fato de o Partido Liberal (PL), ter sido autor de uma das ações, assim como o PT.
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O senhor tinha confiança nesse processo, que obviamente foi desgastante, e de que o julgamento seria técnico e não político?
Olha foi um longo caminho difícil, sofrido. Sempre evitei fazer prognósticos quanto ao julgamento, tanto em relação ao TRE como ao TSE, não só publicamente, mas mesmo com as pessoas em torno. Porque, no fundo, apesar do zum-zum-zum, da “rádio corredor“, ninguém tem certeza do resultado. Ninguém tem condições de fazer uma previsão que seja absoluta. Então, sempre fui muito cauteloso. O que eu coloquei desde o início era: os fatos, as provas e o Direito então no nosso lado. Eram ações artificiais, não tinham causa. E tanto o TRE do Paraná como TSE proferiram — e eu tenho visto a imprensa se posicionar de maneira unânime quanto a isso — julgamentos técnicos, que não reconheceram ali quaisquer irregularidades. Então, o Direito sempre estava do meu lado, mas a gente nunca sabe como a Corte vai decidir no final.
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