Fala de Campos Neto no radar para fechar a semana
Presidente da autoridade monetária tem a chance da acalmar os investidores após a polêmica sobre a decisão dividida sobre a Selic no Copom
A participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em seminário de Política Monetária, promovido pela FGV/IBRE, no início da tarde desta sexta-feira, 24, pode trazer mais tranquilidade aos juros futuros.
A fala do presidente da autarquia não deve fugir significativamente do exposto pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, na quinta-feira, 23, de compromisso com a meta de inflação e de que houve muito “drama” no mercado sobre a decisão dividida na reunião mais recente Copom (Comitê de Política Monetária).
No mesmo evento, o diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, também fala sobre a política monetária. Picchetti foi uma das primeiras vozes na diretoria da autoridade monetária a expressar publicamente o desconforto com a antecipação de Campos Neto sobre a decisão do Copom.
O presidente do BC adiantou a posição de que entendia a redução no ritmo de cortes da Selic como melhor caminho em evento público em Washington semanas antes de o colegiado se reunir para a decisão.
No cenário político, a semana se encerra sem definição sobre a fonte de compensação para a desoneração da contribuição previdenciária de municípios menores, o que deve atrasar a discussão ainda mais em função do feriado da semana que vem. O presidente Lula agora se diz contrário à taxação de compras internacionais abaixo de 50 doláres contrabandeada para o texto do PL (Projeto de Lei) do Mover – Programa de Mobilidade Verde e Inovação. Sem acordo sobre o dispositivo a votação da urgência da proposta foi adiada.
No campo corporativo, Magda Chambriard toma posse nesta sexta-feira, 24, como presidente da Petrobras após a demissão de Jean Paul Prates da estatal pelo presidente Lula dez dias atrás. Prates vinha sofrendo duras críticas dos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, por suposta falta de alinhamento com as diretrizes do governo para a petroleira.
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