PT e PL não vão recorrer de decisão do TSE sobre Moro
TSE absolveu Moro por decisão unânime, 7 votos a 0; “Discussão encerrada”, disse advogado do PT no processo
Nem PT nem o PL irá recorrer da decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que absolveu o senador Sergio Moro (União Brasil-PR; foto) das acusações de abuso de poder econômico que poderiam ter cassado o seu mandato.
“Fizemos a nossa parte. Se a Justiça entendeu assim, está liquidado”, disse o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em entrevista a CNN Brasil nesta quarta, 22.
Já o advogado que representa o PT no processo, Luiz Eduardo Peccinin, afirmou ao Estadão: “Discussão encerrada”.
“Abutres de Moro” ficam em silêncio
Quando as primeiras movimentações sobre um processo eleitoral pedindo a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR) começaram a aparecer na imprensa paranaense, a possibilidade de que o ex-juiz da Lava Jato perdesse o mandato ouriçou parte da classe política do estado — com muitos deles abertamente interessados no próprio mandato do parlamentar. Um veículo paranaense, com linha editorial mais favorável ao PT, chegou a indicar que a eleição suplementar já teria data marcada, no dia 1º de Dezembro.
Nesta quarta-feira, 21, um dia após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir de maneira unânime para manter o mandato do senador, todos eles permaneceram em silêncio.
Roberto Requião (Mobiliza), que deixou o PT quando viu que sua candidatura não seria garantida no partido de Lula, se manteve em silêncio em suas redes sociais — onde normalmente é atuante.Nesta terça-feira, data do julgamento, Requião falou sobre Eletrobras e Rio Grande do Sul, mas manteve-se silente após o resultado ser confirmado pela corte eleitoral.
O deputado estadual pelo Paraná Requião Filho (PT), que também cogitou a vaga, falou à época do início do julgamento que “eu só abro mão [de uma candidatura ao Senado] para o Requião, dentro do PT ou fora dele”. Hoje, ele não tocou no assunto, preferindo um tutorial sobre como dar nó de gravata.
Ex-líder de Jair Bolsonaro na Câmara e ex-ministro da Saúde de Dilma Rousseff, Ricardo Barros (PP) disse no ano passado que “havendo eleições suplementares, irei concorrer”, mas que “temos ideia do prazo, e se o tribunal irá manter a jurisprudência”. Hoje secretário da Indústria e Comércio do Paraná, Barros até passou o dia em Brasília, acompanhando a frente de prefeitos e audiências na Câmara, onde foi tietado. Publicamente, no entanto, nenhuma manifestação sobre o julgamento.
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