Fávaro critica aumento no preço do arroz: “Inferno fica pequeno”
"Os fornecedores privados do Mercosul subiram 30% o preço do arroz aos simples anúncio de que o governo ia comprar 100 mil toneladas", disse o ministro da Agricultura
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou o aumento do preço do arroz em meio à tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. O chefe da pasta participou nesta quarta-feira, 22, de uma audiência na Câmara dos Deputados.
“Simplesmente você tem indústria suspendendo venda e quando ela volta a vender, ela só volta com 16, 18% a mais em quatro dias“, disse Fávaro.
Como mostramos, o governo do presidente Lula (PT) decidiu adiar a compra de cerca de 100 mil toneladas de arroz do Mercosul. O adiamento tem relação à especulação do Mercosul em relação ao valor das sacas. O bloco elevou em até 30% o preço do cereal.
“Os fornecedores privados do Mercosul subiram 30% o preço do arroz aos simples anúncio de que o governo ia comprar 100 mil toneladas. É querer fazer riqueza na tristeza e na desgraça. O inferno fica pequeno, não vai caber tanta gente querendo fazer maldade”, completou Fávaro.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que a “data de realização será publicada oportunamente”. A importação do arroz foi anunciada pelo governo como forma de tentar evitar o desabastecimento por conta das chuvas no Rio Grande do Sul. O estado gaúcho é responsável por 70% do grão produzido no Brasil.
Há cerca de duas semanas, o presidente Lula (PT) editou uma medida provisória autorizando a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Conab. Em reposta ao Mercosul, o governo brasileiro decidiu, na segunda-feira, 20, zerar até 31 de dezembro a tarifa de importação de três tipos de arroz. A expectativa do Ministério da Agricultura é de procurar outros mercados como Tailândia e Vietnã.
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