O Ibovespa, principal índice acionário nacional, encerrou o dia em queda de 0,31%, aos 127,8 mil pontos nesta segunda-feira, 20, após o Boletim Focus, do Banco Central, apontar piora no sentimento de economistas e analistas sobre a saúde fiscal do país, além de inflação, juros e dólar mais altos no fim do ano do que previamente esperado. Enquanto isso, as bolsas de Wall Street continuam a marcha para novos recordes históricos.

No mercado acionário, as perdas foram puxadas por Eletrobras (-3,53%), Ambev (-2,26%) e BTG Pactual (-1,74%). Na ponta oposta, Banco do Brasil (+0,83%), Isa Cteep (+5,19%) e WEG (+0,53%) reduziram o estrago e foram as três principais contribuições positivas.

Destaque também para as ações da Petrobras nesta segunda-feira, 20, que interromperam a sequência de quedas desde a demissão do presidente da companhia, Jean Paul Prates, e subiram levemente na sessão. Os papéis ordinário avançaram 0,34% enquanto que os preferenciais registraram alta de 0,16%.

Os juros futuros registraram leve alta nos vencimentos de prazo médio e longo em resposta ao movimento do rendimento dos títulos públicos americanos e a piora das expectativas da pesquisa do Boletim Focus do Banco Central. Com isso, a precificação do mercado continua a indicar o fim do ciclo de cortes da Selic no atual patamar de 10,50% ao ano.

No mercado de opções de Copom, negociadas na B3, o clima também não é muito diferente. Os derivativos apontam para 68% de chances de manutenção da taxa na próxima reunião do Comité de Política Monetária em junho, quanto que 28% ainda mantém a esperança de um novo corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião.

O dólar encerrou o dia estável contra o real, cotado a 5,10 reais, enquanto o índice DXY, que compara a moeda americana com uma cesta de divisas de países desenvolvidos, avançou 0,16%.