Netanyahu reage a pedido de prisão do TPI: “Absurdo e falso”
Para Netanyahu, a decisão do procurador-geral do TPI é um exemplo do “novo antissemitismo” que se mudou dos campi universitários para Haia
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu ao pedido de prisão anunciado pelo procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional da ONU, Karim Asad Ahmad Khan, nesta segunda-feira, 20.
Em vídeo publicado na rede social X, antigo Twitter, ele afirmou que o pedido é “absurdo e falso” e “dirigido contra todo o Estado de Israel”, registrou o site Times of Israel.
“É dirigido contra os soldados das Forças de Defesa de Israel, que lutam com heroísmo supremo contra os vis assassinos do Hamas”, afirmou.
“Com que ousadia você ousa comparar os monstros do Hamas aos soldados das FDI, o exército mais moral do mundo?”, questionou Netanyahu.
“Com que audácia você compara entre o Hamas que assassinou, queimou, massacrou, estuprou e sequestrou nossos irmãos e irmãs, e os soldados das FDI que estão travando uma guerra justa sem paralelo, com uma moralidade incomparável?”, completou.
Para Netanyahu, a decisão do procurador-geral do TPI é um exemplo do “novo antissemitismo” que se mudou dos campi universitários para Haia.
Além de Netanyahu, Khan também anunciou um pedido semelhante contra o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.
Do lado do Hamas, também são alvos: Yahya Sinwar, líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, chefe político do grupo terrorista que vive exilado no Catar; e Mohammad al-Masri, chefe das brigadas Al-Qassa.
Os pedidos de prisão ainda precisam ser autorizados pelos juízes do tribunal.
“Ultrajante”
O presidente de Israel, Isaac Herzog, chamou o pedido de prisão contra o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de “ultrajante”.
“Qualquer tentativa de traçar paralelos entre estes terroristas atrozes e um governo democraticamente eleito de Israel – trabalhando para cumprir o seu dever de defender e proteger os seus cidadãos, inteiramente em conformidade com os princípios do direito internacional – é ultrajante e não pode ser aceita por ninguém”, afirmou.
“Não esqueceremos quem iniciou esta guerra e quem violou, massacrou, queimou, brutalizou e raptou cidadãos e famílias inocentes. Não esqueceremos os nossos reféns, cujo regresso seguro deve ser a principal preocupação da comunidade internacional”, acrescentou.
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