Javier Milei não vai pedir desculpas ao governo espanhol
A crise começou quando o presidente argentino, Javier Milei, num evento do partido Vox, neste domingo, 19 de maio, em Madrid, descreveu a primeira dama espanhola Begoña Gómez como “a mulher corrupta” e disse, entre outras coisas, que “o socialismo leva necessariamente à escravidão e à morte”.
O confronto diplomático entre Espanha e Argentina continua em máxima tensão. Pedro Sánchez insistiu que haverá uma “resposta” da Espanha se Milei não pedir desculpa.
Governo de Pedro Sánchez não descarta romper relações diplomáticas com a Argentina. A ideia foi insinuada pelo ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, que esta segunda-feira, 20 de maio, fez declarações em vários meios de comunicação espanhóis onde confirmou ter convocado o embaixador argentino na Espanha, Roberto Bosch.
A crise começou quando o presidente argentino, Javier Milei, num evento do partido Vox, neste domingo, 19 de maio, em Madrid, descreveu a primeira dama espanhola Begoña Gómez como “a mulher corrupta” e disse, entre outras coisas, que “o socialismo leva necessariamente à escravidão e à morte”.
O Governo espanhol exigiu então uma retificação, alertando que se isso não ocorrer haverá uma “resposta de acordo com a dignidade da democracia espanhola.”
O Governo da Argentina, porém, descartou que Javier Milei vá se retrar da referência à alegada corrupção da mulher de Pedro Sánchez.
O ministro do Interior argentino, Guillermo Francos, afirmou que “o presidente não vai pedir desculpas porque não tem motivos para isso”. Por sua vez, o porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni, indicou que Javier Milei “não mencionou Sánchez nem ninguém do governo espanhol”, acrescentando que a discussão “se enquadra em questões privadas que nada têm a ver com assuntos diplomáticos e muito menos com a relação entre os dois povos, que está acima de qualquer circunstância”.
Gustavo Petro se solidariza com Sánchez
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestou a sua solidariedade ao presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, após as críticas do presidente argentino, Javier Milei, que apontou a esposa de Sánchez, Begoña Gómez, por ser “corrupta”.
«O progressismo avança na Espanha. Minha solidariedade ao presidente espanhol diante dos ataques cada vez mais bárbaros daqueles que não perceberam que levaram o mundo à doença, à fome, à guerra e à possível extinção da vida com a crise climática”, afirmou Petro em mensagem no rede social X.
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