Guterres causa revolta ao equiparar o 7 de Outubro à resposta de Israel
A reação foi imediata e feroz. Críticos de Guterres o acusaram de tentar criar uma equivalência moral entre as ações de um grupo terrorista e as medidas de defesa de um estado soberano
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, gerou revolta nesta quinta-feira, 16, ao fazer declarações que equiparam o ataque de 7 de outubro do Hamas a Israel à situação na Faixa de Gaza.
Em uma publicação nas redes sociais, Guterres afirmou que “nada pode justificar os ataques terroristas de 7 de outubro pelo Hamas”, mas imediatamente acrescentou que “nada pode justificar a punição coletiva do povo palestino”.
A reação foi imediata e feroz. Críticos de Guterres o acusaram de tentar criar uma equivalência moral entre as ações de um grupo terrorista e as medidas de defesa de um estado soberano. “Esta declaração é mais uma tentativa de diluir a responsabilidade do Hamas por seus atos de terror,” disse um diplomata israelense, que preferiu não ser identificado. “Enquanto o Hamas ataca civis indiscriminadamente, Israel está exercendo seu direito de autodefesa.”
Guterres e a parcialidade anti-Israel
Esta não é a primeira vez que Guterres é acusado de parcialidade. Desde o início do conflito em Gaza, ele tem sido criticado por suas declarações, que muitos consideram tendenciosas.
Logo após o início dos confrontos, Guterres afirmou que os ataques do Hamas “não ocorreram no vácuo”, sugerindo que a ocupação israelense desempenhou um papel significativo nos eventos. A reação negativa foi tão intensa que ele teve que se retratar, alegando que suas palavras foram mal interpretadas e reafirmando sua condenação ao Hamas.
Mais recentemente, Guterres mencionou crimes sexuais cometidos pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro em Israel, comparando-os a “relatos de violência sexual contra detentos palestinos”, uma alegação contra os soldados israelenses que ainda não foi corroborada por provas.
As palavras de Guterres não só reacenderam a ira de muitos em Israel e entre seus defensores, como também suscitaram preocupações sobre sua capacidade de mediar de forma justa em um conflito tão sensível. “As declarações de Guterres são um desserviço à causa da paz,” comentou um analista político consultado pelo Israel Nation News. “Ao não diferenciar claramente entre terroristas e um estado em legítima defesa, ele mina a credibilidade da ONU.”
Nas últimas semanas, Guterres intensificou suas críticas a Israel, exigindo o fim das operações militares em Rafah e pedindo que o governo israelense cesse qualquer escalada e se engaje nas negociações diplomáticas. Ele reiterou a necessidade de um cessar-fogo humanitário, a libertação de reféns e o acesso humanitário irrestrito em Gaza, chamando estas ações de “cruciais” para estabilizar a região.
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