Empresa é acusada de roubar vozes de atores para usar em IA
Atores processam startup de IA por uso indevido de voz, destacando riscos em direitos autorais e ética em tecnologia
No coração de Manhattan, dois atores instauraram uma ação judicial que coloca em cheque o uso de tecnologia de voz por inteligência artificial sem o consentimento explicito dos detentores das vozes. Esse caso não só sublinha questões ligadas ao direito de imagem e voz, mas também joga luz sobre as práticas éticas no crescente campo da inteligência artificial.
Qual é o Cerne da Disputa Judicial Contra a Lovo?
Paul Skye Lehrman e Linnea Sage moveram uma ação em tribunal federal de Manhattan, acusando a Lovo, uma startup de tecnologia de inteligência artificial, de copiar ilegalmente suas vozes e de utilizá-las comercialmente sem permissão. A dupla solicita reparação no valor mínimo de cinco milhões de dólares para a classe representada.
Como Funcionam as Apropricações de Voz por Tecnologias de IA?
Os atores alegaram que foram ludibriados ao fornecer amostras de suas vozes para o que acreditavam ser projetos inofensivos. No entanto, essas gravações foram, segundo eles, usadas para alimentar a tecnologia de IA da empresa, que posteriormente comercializou suas vozes sem os devidos acordos autorais.
A Situação se Agrava
Como descrito na ação, Paul Lehrman teve sua voz reproduzida em vídeos do YouTube abordando equipamentos militares russos e em um episódio de podcast sobre os perigos das tecnologias de IA. Linnea Sage, por outro lado, descobriu sua voz em materiais promocionais da própria Lovo. Eventualmente, ficou esclarecido que o cliente de Lehrman no Fiverr, onde ambos ofereceram inicialmente seus serviços, era um empregado da Lovo.
O Crescimento das Ações Judiciais Envolvendo IA e Conteúdo Autoral
Este processo é apenas um entre muitos em uma crescente onda de litígios envolvendo empresas de tecnologia e o uso indevido de conteúdo protegido por direitos autorais para alimentar sistemas de IA gerativa. A discussão se amplia ao considerarmos livros, artigos de jornais e letras de músicas, amplamente usados sem permissão para treinar algoritmos.
Um Olhar Para o Futuro da Ética em IA
Este caso judicial realça uma questão crítica na era digital: a ética no desenvolvimento e uso de tecnologias inteligentes. A medida que avançamos tecnologicamente, torna-se inevitável o debate sobre até onde podem ir as liberdades de uso de dados e materiais protegidos sem a devida compensação ou consentimento dos criadores originais.
Enquanto esse caso segue em aberto, ele serve como um lembrete poderoso da necessidade de regulamentações claras e robustas no campo da inteligência artificial, garantindo que a inovação tecnológica não ultrapasse os limites da ética e da legalidade.
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