A União Europeia intensifica sua fiscalização sobre as práticas de segurança infantil nas redes sociais, com foco especial no Facebook e Instagram. A Comissão Europeia anunciou, nesta quinta-feira (16), o início de uma investigação profunda sobre possíveis falhas das plataformas em proteger o público mais jovem.

Qual é a preocupação da UE com o Facebook e o Instagram?

A investigação da UE surge após indícios de que o Facebook e o Instagram podem não estar cumprindo a Lei de Serviços Digitais (DSA), especialmente em relação à proteção das crianças. Reporta-se que os algoritmos usados pelas plataformas possam incentivar vícios comportamentais entre os jovens e conduzir ao que é conhecido como “efeitos de buraco de coelho”, onde usuários são incentivados a aprofundar-se em conteúdos potencialmente perigosos.

Quais medidas a Meta afirmou já ter tomado?

Em resposta às acusações, um porta-voz da Meta destacou que a empresa não é novata na implementação de medidas de segurança. “Passamos uma década desenvolvendo mais de 50 ferramentas e políticas destinadas a proteger as crianças”, afirmou. A empresa também mencionou que possui sistemas de verificação de idade, embora a eficácia desses métodos tenha sido questionada pela Comissão Europeia.

Quais são as possíveis consequências para a Meta?

As violações das normas estabelecidas pela DSA podem resultar em pesadas multas para as empresas em falta, podendo alcançar até 6% do seu faturamento global anual. Esta não é a primeira vez que a Meta enfrenta o escrutínio regulatório da UE, uma vez que também está sendo investigada por questões de desinformação eleitoral, ampliando a pressão sobre a gigante da tecnologia à medida que se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu.

Impacto Potencial da Investigação da UE

• Regulamentação mais rigorosa: Este caso pode levar a uma aplicação mais estrita das regras de segurança online, especialmente em relação ao público infantil.

• Pressão sobre outras empresas de tecnologia: Com a Meta sob investigação, outras plataformas de redes sociais poderão revisar suas próprias políticas para evitar investigações semelhantes.

• Mudanças nas práticas de engajamento: As empresas de redes sociais podem precisar modificar como os algoritmos engajam os usuários, especialmente os mais jovens.

A evolução desta investigação é aguardada com grande expectativa por reguladores, empresas de tecnologia e usuários ao redor do mundo, destacando a crescente importância da regulamentação digital em uma era dominada pela informação online.