Judi Dench critica avisos de gatilho nos teatros: "Se é tão sensível, não vá!" Judi Dench critica avisos de gatilho nos teatros: "Se é tão sensível, não vá!"
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Judi Dench critica avisos de gatilho nos teatros: “Se é tão sensível, não vá!”

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Alexandre Borges
5 minutos de leitura 16.05.2024 08:51 comentários
Cultura

Judi Dench critica avisos de gatilho nos teatros: “Se é tão sensível, não vá!”

Ícone do teatro e cinema, atriz questiona a necessidade de avisos de gatilho

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Alexandre Borges
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Judi Dench critica avisos de gatilho nos teatros: “Se é tão sensível, não vá!”
Foto: Reprodução

Judi Dench, uma das atrizes mais respeitadas e premiadas do mundo e “dama” britânica (título equivalente ao “sir” masculino), recentemente expressou críticas aos avisos de gatilho em produções teatrais, alertando que eles podem comprometer a experiência do espectador.

Com uma carreira que abrange mais de seis décadas, Dench acumulou uma série de prêmios prestigiosos, incluindo um Oscar por sua atuação em “Shakespeare Apaixonado”, além de múltiplos prêmios BAFTA e Laurence Olivier Awards por suas performances em teatro e cinema.

Em uma entrevista à revista “Radio Times”, Dench discutiu o propósito do teatro como uma plataforma para desafiar e engajar o público de maneiras profundamente emocionais e provocativas. “Entendo por que existem [avisos de gatilho], e é para preparar as pessoas, suponho, mas se você é tão sensível, não vá ao teatro, porque você pode ficar muito chocado”, comentou ela.

Dench, conhecida por seus papéis marcantes em filmes como “007 – Cassino Royale” e “Notas Sobre um Escândalo”, argumenta que a magia do teatro reside na sua capacidade de surpreender e provocar. Ela compara a experiência de ser avisado sobre os conteúdos de uma peça com receber spoilers de trágicas narrativas shakespearianas, como em “King Lear”, questionando a eficácia de tal prática.

Esta visão é compartilhada por outros notáveis atores, como Matt Smith e Ralph Fiennes, que expressaram preocupações semelhantes sobre como os avisos prévios podem mitigar o impacto emocional das produções.

Professores fundam escola “anti-woke”

No sudoeste da Flórida, Kali Fontanilla prepara uma aula sobre a “História Completa da Escravidão nos EUA”, parte de um programa educacional que visa oferecer uma perspectiva alternativa ao que ela considera como narrativas progressistas predominantes nas escolas públicas.

Fontanilla fundou o Instituto Exodus em 2021 junto com seu marido, Joshua. A escola cristã online atende alunos do ensino fundamental ao médio e foi estabelecida após o casal se sentir desiludido com o sistema de ensino público em Salinas, Califórnia, devido, em parte, ao que viam como uma abordagem enviesada de questões raciais e históricas.

O Instituto Exodus se estabeleceu na Flórida, estado que tem sido um refúgio para visões conservadoras sob a administração do governador Ron DeSantis. Atualmente, a escola serve a quase 200 estudantes com uma grade curricular que inclui ciências e francês, além de promover valores cristãos e conservadores.

Os Fontanilla criticam o que descrevem como uma falta de equilíbrio na educação pública, onde, segundo eles, histórias sobre resistência à escravidão e contribuições positivas, como as dos Quakers ajudando escravizados a fugir, são omitidas ou minimizadas. Eles argumentam que esse tipo de omissão apresenta uma visão distorcida da história americana, focando apenas nos aspectos negativos.

Além das matérias regulares, o Instituto Exodus oferece o “Young Patriots Academy” (Academia Jovens Patriotas), um programa especial que explora temas selecionados por Kali e Joshua com o objetivo de preparar os alunos para questionar e refutar o que consideram ser falsidades do ensino esquerdista. Esta iniciativa reflete uma tendência crescente nos EUA onde alguns pais e educadores buscam alternativas ao ensino público que alinham mais estreitamente com suas próprias visões políticas e valores.

Segundo o “The Washington Post”, a abordagem de Kali na sala de aula e seus vídeos no Instagram, onde ela tem mais de 333.000 seguidores, mostram sua dedicação em promover uma perspectiva educacional que ela acredita ser mais verdadeira e menos politizada do que a encontrada na maioria das escolas públicas.

A famigerada “Teoria Crítica da Raça”

Kali Fontanilla, professora experiente, percebeu uma grande quantidade de reprovações entre seus alunos de uma escola pública da Califórnia durante o ensino remoto da pandemia, especialmente na disciplina de estudos étnicos. Ao investigar o conteúdo do curso, Kali descobriu que ele estava permeado de Teoria Crítica da Raça (CRT), um tipo de doutrinação de extrema-esquerda que a levou a questionar o currículo escolar.

Esta descoberta foi significativa pois, apesar de alguns negarem que CRT é ensinada a estudantes do ensino básico, Fontanilla encontrou uma completa integração da teoria no currículo, incluindo atividades que pediam aos alunos para analisar a escola através da CRT. As descobertas de Kali vieram à tona em um momento em que preocupações sobre CRT estavam influenciando debates educacionais e políticos nacionais.

Desapontada e sentindo que seu trabalho não era mais sobre ensino, mas sobre promover uma ideologia específica, Kali decidiu deixar a profissão e se mudar para a Flórida. Continuando seu ativismo, ela agora ajuda os pais a entenderem o que é ensinado aos seus filhos, defendendo a transparência no currículo escolar através de iniciativas como a reforma de transparência acadêmica do Goldwater Institute. Esta reforma exige que as escolas públicas divulguem online os materiais didáticos e atividades usadas ao longo do ano letivo.

Tiradentes, tão vivo quanto Elvis? (oantagonista.com.br)

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