Conselho aprova saída de Jean Paul Prates e mais dois executivos da Petrobras
No lugar dele, Clarice Copetti assume interinamente a presidência da Petrobras
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, nesta quarta-feira, 15, a saída de Jean Paul Prates da presidência da estatal. No lugar dele, Clarice Copetti assume interinamente a presidência.
Copetti é diretora de Assuntos Corporativos da estatal, e permanecerá no cargo até a aprovação de Magda Chambriard, indicada do presidente Lula, como nova presidente da Petrobras.
Além de Prates, dois executivos ligados a ele também deixarão a empresa.O diretor financeiro, Sergio Caetano Leite; e o gerente executivo de Relações Institucionais, João Paulo Madruga.
Saída de Jean Paul Prates
A saída de Prates ocorre em meio a um período conturbado para a empresa. Nos últimos meses, o CEO enfrentou uma série de disputas internas no governo, entrando em conflito com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Esses desentendimentos geraram um clima de instabilidade dentro da Petrobras e levaram à especulação sobre a permanência de Prates no cargo. Em abril deste ano, o presidente Lula chegou a convidar Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, para assumir a liderança da petroleira, após afirmar a aliados que não considerava a indicação de Magda.
No entanto, após avaliar os cenários e considerando o apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu-se pela permanência de Prates. Essa decisão foi divulgada em nosso blog e recebeu ampla repercussão.
Petrobras tem pior trimestre desde
A Petrobras registrou a segunda queda consecutiva no lucro líquido para um primeiro trimestre, com 23,7 bilhões reais para o período neste ano. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023 o recuo é de 37,9%. O resultado é o pior para os três primeiros meses do ano desde 2021, quando a empresa apresentou lucro líquido de 1,2 bilhão de reais.
O resultado ficou abaixo das expectativas de analistas consultados pela Bloomberg, que apostavam em pouco mais de 25 bilhões de reais para a petroleira no trimestre. Esses mesmos analistas haviam reduzido as estimativas cerca de duas semana atrás, quando ainda previam lucro acima de 30 bilhões de reais.
A correção no resultado esperado foi uma resposta à prévia operacional da empresa apresentada à época e que indicava queda na produção. A estatal produziu, em média, 2,77 milhões de barris de óleo ou equivalente por dia no trimestre, queda de 5,4% na comparação trimestral e alta de 3,2% no ano. As vendas frente ao período entre outubro e dezembro recuaram 4,9%, a 1,6 milhões de barris por dia.
A Petrobras corroborou em comunicado ao mercado que menores volumes de vendas e redução do preço do petróleo e da margem de diesel foram as principais causas para o resultado ruim.
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