Bivar ganha sobrevida no União Brasil
A executiva nacional do partido rejeitou a expulsão de Luciano Bivar, mas decidiu destituí-lo definitivamente da presidência da sigla
A executiva nacional do União Brasil rejeitou nesta terça-feira, 14, a expulsão do deputado federal Luciano Bivar (PE), acusado de ameaçar o atual presidente da legenda, Antonio Rueda, e de mandar incendiar duas residências pertencentes à família do adversário político em Pernambuco.
A permanência do parlamentar na sigla, aprovada por 11 votos a 5, foi recomendada pela senadora Dorinha Seabra (TO), relatora do caso, por entender que não existem provas que incriminem Bivar.
“A qualquer momento, o partido pode voltar a deliberar sobre uma possível expulsão de Bivar, caso seja comprovado”, afirmou a senadora.
Contudo, a executiva do União decidiu destituir Bivar definitivamente da presidência da legenda, da qual estava afastado desde março de 2024.
Rueda acusa Bivar
Rueda acusou Bivar de ameaçá-lo de morte durante a disputa pelo comando da sigla.
“O Luciano Bivar fez ameaças a minha pessoa e a minha família. Ele me ameaçou de morte e ameaçou familiares meus. Por telefone”, afirmou o novo presidente do União Brasil.
Como deputado, Bivar tem foro privilegiado e, por isso, a Polícia Civil do DF mandou a representação para o Supremo.
Incêndio nas casas da família Rueda
A defesa de Rueda também pediu que o deputado seja investigado por suposto envolvimento no incêndio que destruiu duas casas da família do novo presidente do partido, no litoral de Pernambuco. Desde que o caso veio à tona, Bivar tem negado as acusações.
Os advogados afirmam que há uma “pluralidade de indícios” que ligam Luciano Bivar ao incêndio, “ainda que não se possa afirmar solenemente a autoria do deputado no caso”. Para a defesa, o episódio “revela a escalada da violência política”.
“Ele [Rueda] está realmente escandalizado com a escalada nesse contexto de violência política. [Esse contexto] se inicia com ameaças que se repetem e agora, ao que tudo sugere, eu não posso afirmar categoricamente, mas esses dois incêndios que escalam gravemente essa crise”, disse o advogado de Rueda, Paulo Catta Preta.
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