O presidente do STF defendeu, nesta terça-feira, 14, a regulamentação das redes sociais. Para o magistrado, as plataformas estão articuladas com movimentos de “extrema-direita”.

A fala de Barroso ocorreu durante o J20 – evento com representantes das Cortes Superiores dos países do G20. O evento está sendo realizado desde domingo último.

“Algumas estão ganhando consciência do mal que podem fazer para a humanidade e do desprestígio para si, mas algumas servem a sua própria causa comercial de conseguir mais engajamento com o ódio. Infelizmente o ódio, a mentira, a desinformação trazem mais engajamento e algumas (empresas) estão articuladas com movimentos de extrema-direita”, disse o presidente do STF.

“Em algum momento isso vai ter que ser regulado e as pessoas precisam ter a consciência de que a gente tá aqui para fazer o bem e não para fazer o mal”, acrescentou Barroso.

Essa é a segunda crítica de Barroso sobre conteúdo considerado malicioso na internet em menos de dois dias.

Nesta segunda-feira, 14, o presidente do STF criticou a proliferação de notícias falsas sobre a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Para ele, quem divulga ‘fake news’ sobre as chuvas sofre com a “perversão da alma”.

“A proliferação de fake news em relação à tragédia climática no Sul é uma derrota de espírito. É uma perversão da alma alguém fazer maldades com uma situação que já é tão gravosa”, declarou o ministro.

O STF instaurou uma investigação contra parlamentares e influenciadores digitais da direita por disparo de fake news sobre as enchentes. A apuração está a cargo da ministra Cármen Lúcia. O pedido de abertura de inquérito partiu do ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta.

Deputados podem responder criminalmente por fake news

Como registramos, a bancada do Psol na Câmara protocolou, nesta segunda-feira, 13, uma representação solicitando que a Procuradoria-Geral da República denuncie deputados federais que propagaram fake news relacionadas a calamidade no Rio Grande do Sul ao Supremo Tribunal Federal.

Essa representação é assinada pela deputada Fernanda Melchiona (RS), e subscrita por Sâmia Bomfim, Luciene Cavalcanti, Tarcísio Motta, Luiza Erundina, Taliria Petrone, Erika Hilton, Chico Alencar e Pastor Henrique Vieira. Túlio Gadelha (PE), da REDE Sustentabilidade, também endossou a denúncia.

A deputada defende que os parlamentares respondam criminalmente por suposto disparo de notícias falsas. Os deputados denunciados são Filipe Martins (PL/TO), Coronel Assis (União Brasil/MT), Gilvan da Federal), (PL/ES), Paulo Bilynskyj (PL/SP), Caroline Rodrigues de Toni (PL/SC), Coronel Ulysses (União Brasil/AC) e General Girão (PL/RN).