O El Niño, fenômeno climático conhecido por elevar as temperaturas do oceano Pacífico e alterar padrões climáticos globais, está chegando ao fim. Esse evento, que começou em junho do ano passado, tem sido um dos culpados pelo aumento das chuvas no Rio Grande do Sul. Contudo, especialistas indicam que as alterações atmosféricas continuarão ocorrendo, apesar da conclusão deste ciclo.

Impactos residuais do El Niño e transição para La Niña

Segundo a MetSul Meteorologia, a instabilidade causada pelo El Niño deverá ser substituída em breve por um novo fenômeno climático, a La Niña, que é caracterizada por temperaturas abaixo da média no mesmo oceano. A NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos) prevê que essa mudança seja oficializada em breve, marcando uma significativa transição nos padrões climáticos observados.

Como a La Niña afeta o clima global?

A La Niña traz consigo um resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, o que tende a modificar os padrões de vento e precipitação ao redor do mundo. Historicamente, esse fenômeno contribui para períodos de seca no Sul do Brasil e aumenta as chuvas no Norte e Nordeste do país. A última ocorrência de La Niña, entre 2020 e 2023, resultou em estiagens severas no Sul do Brasil e crises hídricas em países vizinhos como Uruguai, Argentina e Paraguai.

Previsões e alertas para os próximos meses

Os efeitos da La Niña já começam a ser observados e deverão se intensificar nos próximos meses, especialmente durante o inverno. Prevê-se que o fenômeno seja declarado oficialmente entre julho e agosto, mas os mapas de anomalia de temperatura já evidenciam a presença dessa fase mais fria. Esse cenário exige preparação e cuidados redobrados, especialmente em regiões susceptíveis a alterações drásticas no clima.

Os padrões climáticos são essenciais para planejar desde a agricultura até a gestão de crises hídricas e desastres naturais. Portanto, entender e prever esses fenômenos é crucial para mitigar seus impactos negativos. Manter-se informado sobre as previsões climáticas é a melhor forma de preparar-se para o que está por vir no cenário ambiental global.