Enchentes no Rio Grande do Sul quebram recordes de 30 anos
Chuvas intensas no Rio Grande do Sul quebram recordes e deixam graves consequências. Saiba mais sobre o impacto histórico e medidas de prevenção.
Nas últimas semanas, o volume de chuvas intensas que atingiu o Rio Grande do Sul superou os registros de desastres naturais dos últimos 30 anos no estado. O número de vítimas fatais decorrentes destas recentes tempestades já é 34,8% maior comparado ao total registrado entre 1991 e 2022, de acordo com o Atlas Digital de Desastres do Brasil.
A ferramenta, desenvolvida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, aponta que, historicamente, o estado teve 101 mortes por desastres naturais no período acima mencionado, que não inclui apenas chuvas, mas também secas, incêndios e ondas de frio.
Por que as chuvas recentes no RS foram tão devastadoras?
Além do número de mortes, as chuvas deste ano deixaram consequências graves para a população em termos de desalojamentos. Cerca de 339.900 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, um número mais de três vezes maior em comparação com o período de 2016 a 2022, quando 101 mil pessoas foram afetadas.
Situação das enchentes
O maior número de desabrigados e/ou desalojados registrado num único ano até então havia sido em 2015, com 153 mil pessoas. Os dados do portal reconhecem diversos tipos de desastres, incluindo alagamentos, inundações, incêndios florestais e outros fenômenos como ondas de calor e tornados.
Quais são os maiores riscos de novas chuvas no estado?
Com o cenário de mudanças climáticas e o fenômeno El Niño, novas tempestades podem surgir. Em 2023, já houve três grandes enchentes que, juntas, resultaram em 75 mortes. Um ciclone extratropical em junho e outra tempestade forte em setembro foram os maiores eventos, com registros de desalojados que alcançaram dezenas de milhares.
Consequências econômicas dos desastres
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os custos associados a catástrofes naturais estão em ascensão desde 1980. A realidade em locais como o Rio Grande do Sul ilustra a urgente necessidade de investimento em infraestrutura e planejamento urbano para mitigar os impactos desses eventos.
- Atlas Digital de Desastres: ferramenta vital para o entendimento histórico
- Reforço na infraestrutura como medida de mitigação
- Educação da comunidade sobre procedimentos em caso de desastres
Em resposta à crescente frequência e severidade dos eventos climáticos, é indispensável que haja um esforço conjunto entre o governo e a população para melhorar a resposta a desastres e reduzir as trágicas perdas humanas e materiais no futuro.
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