Caso Marielle: PF prende assessor de Domingos Brazão
Robson Calixto da Fonseca, o Peixe, é investigado por ter intermediado o encontro entre os irmãos Brazão e o ex-policial militar Ronnie Lessa
A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira, 9, dois mandados de prisão preventiva contra suspeitos de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Foram alvos da operação Robson Calixto da Fonseca, o Peixe, assessor de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e o policial militar Ronald Paulo Alves Pereira, o major Ronald, apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na zona oeste do Rio.
Em abril, os agentes da PF fizeram busca e apreensão de celulares em endereços ligados a Domingos Brazão e Robson Calixto.
O assessor do conselheiro do Tribunal de Contas é investigado por ter intermediado o encontro entre os irmãos Brazão e o ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle.
Ronald já cumpria pena num presídio federal em Mato Grosso do Sul. Robson, por sua vez, foi preso pela Polícia Federal do Rio nesta quinta.
A prisão dos irmãos Brazão
Operação conjunta da Procuradoria-Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal prendeu em 24 de março três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Além de Domingos Brazão, foram detidos o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), seu irmão, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.
Também foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Impunidade
Domingos Brazão havia sido preso pela Lava Jato cerca de um ano antes, em 29 de março de 2017, durante a Operação Quinto do Ouro, desdobramento da força-tarefa anticorrupção no Rio de Janeiro.
Vereador, deputado estadual por cinco mandatos consecutivos (1999-2015) e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) eleito em 2015 pela maioria dos pares na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj), ele foi alvo de mandado de prisão temporária, junto a quatro outros conselheiros, no âmbito de investigação de fraude e corrupção no tribunal. A operação teve como base a delação premiada de Jonas Lopes, ex-presidente do TCE, e também atingiu o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-presidente da Alerj Jorge Picciani.
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