No recente feriado do Dia do Trabalho, o Zoológico de Taizhou, localizado na China, adotou uma estratégia controversa para aumentar a visitação: pintou filhotes de cachorro da raça chow chow com o intuito de fazê-los parecer pandas. A iniciativa, que a princípio parecia inofensiva, disparou uma série de críticas quando os visitantes perceberam que a pelagem dos animais estava tingida.

Detalhes da controvérsia

Anunciados como “cachorros panda”, os ingressos para a exibição foram vendidos a 20 yuan para adultos e 10 yuan para crianças. Quando as portas do zoológico se abriram, milhares de visitantes afluiram para ver a peculiar atração. Todavia, o encanto inicial logo deu lugar à indignação ao se confirmar que os supostos pandas eram, de fato, cães com pelagem artificialmente colorida.

Qual é o impacto de tais práticas em animais?

Críticas não se limitaram apenas ao engano aparente, mas incluíram preocupações significativas com o bem-estar dos filhotes envolvidos. Ativistas de direitos animais e visitantes questionaram os componentes químicos da tinta e os efeitos potencialmente nocivos aos cães. A despeito das alegações do zoológico, que defendeu a segurança de sua tintura, o debate sobre a ética de tais práticas ganhou destaque.

Histórico de polêmicas similares

Não é a primeira vez que zoológicos na China se envolvem em práticas questionáveis. Em um caso notório anterior, um zoológico tentou passar um chow chow por um leão, o que também desencadeou uma onda de críticas após visitantes notarem a discrepância. Esses incidentes levantam questões urgentes sobre a regulamentação e fiscalização de zoológicos no país, que ainda carece de legislações protetivas claras para animais.

Responsabilidade e legislação: qual o caminho?

Este incidente ressalta a importância de se estabelecer normas rigorosas para o tratamento de animais em atrações turísticas na China. Ativistas estão mobilizando esforços para promover uma conscientização maior sobre os direitos dos animais e a necessidade de leis que assegurem seu bem-estar e tratamento digno. O caso dos “cachorros panda” do Zoológico de Taizhou serve como um chamado crítico para a reflexão sobre práticas éticas na gestão de zoológicos.