Crusoé: Até show de Madonna cai na polarização brasileira
O show da cantora americana, o maior da história de sua carreira, levou bolsonaristas à praia — e discussões acaloradas às redes sociais
O show de Madonna na praia de Copacabana, na noite do último sábado, 4, foi um evento grandioso que entregou exatamente o que dele era esperado: com pouco menos de 45 dias de aviso, a cantora arrastou 1.6 milhão de pessoas — mais que os seus 200 últimos espetáculos, somados — para um espetáculo que chamou a atenção em todo mundo. O Madonnna-verso de danças vibrantes, letras picantes e lascívia solta virou uma máquina de memes em redes sociais quase em tempo real, transmitido pela TV. E em tempos onde tudo no país é polarizado, nem a artista denominada “rainha do pop” conseguiu escapar deste buraco negro.
A primeira polêmica sobre sua apresentação começou horas antes da cantora subir ao palco. Afinal de contas, já no sábado era sabido da gravidade das chuvas no Rio Grande do Sul, o alto número de mortes e do alagamento que tomou centenas de cidades do estado de uma vez. “Como celebrar o show da cantora em uma tarde de 40 graus no Rio de Janeiro com tanta destruição?” foi o primeiro dos questionamentos.
O cachê da cantora, de 17 milhões, foi alvo de críticas pelo mesmo motivo: como o poder público poderia destinar tanto dinheiro a um show neste momento? (resposta: não enviando. O evento, com organização 100% privada, foi pago pelo Itaú e pela Heineken, patrocinadora oficial, conforme documentos tornados públicos pelas próprias instituições. O montante pago à cantora foi integralmente captado pelo banco).
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