“O Brasil dá dinheiro demais ao Judiciário e ao MP”, diz Sundfeld a Crusoé
O professor de Direito Público explica como a existência de uma "hiperelite" no funcionalismo acaba prejudicando a própria prestação de serviços públicos à população
Embora não tenha um funcionalismo grandemente inchado em comparação com outros países, o Brasil tem um gasto maior do que a média com os seus servidores públicos. Uma das principais razões para isso, segundo o jurista Carlos Ari Sundfeld, está na existência de uma casta de profissionais que recebem muito mais do que a maioria dos empregados do Estado – rompendo inclusive, com os chamados “penduricalhos”, o teto de remuneração do setor público.
Enquanto o atendimento direto à população costuma ser feito por funcionários com baixa remuneração – “o proletariado da administração pública“, nas palavras de Sundfeld – esses privilegiados ocupam principalmente (mas não apenas) as chamadas carreiras jurídicas. “Dá-se dinheiro demais para o Judiciário e para o Ministério Público no Brasil”, diz o professor titular de Direito Público da FGV Direito-SP.
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