O Bradesco divulgou o balanço para o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido recorrente de 4,2 bilhões de reais no período. Na comparação com os três meses terminados em dezembro, o número representa alta de 46,3%. Contra o mesmo trimestre do ano passado, porém, o resultado significa uma queda de 1,6% na base anual

O resultado veio acima das projeções de pesquisa da Bloomberg com analistas, que esperavam que apontavam R$ 3,9 bilhões de reais.

O resultado foi impulsionado por menores despesas com PDD (Provisão para Devedores Duvidosos), controle de despesas operacionais e resultado das operações de seguros. A despesas de provisão caíram 17,9% em doze meses, para 7,81 bilhões de reais

A instituição, porém, manteve praticamente estável o índice de cobertura – que mostra quanto a provisão para risco de crédito é capaz de cobrir operações inadimplentes – em 260%, contra 264% no trimestre anterior e 278% há um ano.

Além disso, o banco registrou o terceiro trimestre consecutivo de melhora no perfil de inadimplência acima de 90 dias. Em março deste ano o indicador ficou em 4,8%, contra 5,1% de dezembro e 5,7% em junho, pior momento do ano passado.

A busca por uma melhora na qualidade do crédito impactou a margem bruta de clientes do Bradesco. De acordo com o relatório, a margem, que reflete os ganhos em operações de crédito, teve baixa de 14,4% em um ano, para 14,52 bilhões de reais.

A margem financeira total do banco também recuou (9%) no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para 15,15 bilhões de reais.

As receitas com serviços avançaram em 1,3% em 12 meses para 8,87 bilhões de reais. E o Bradesco teve retorno anualizado sobre patrimônio líquido de 10,2% no primeiro trimestre deste ano, contra 6,9% nos três meses terminados em dezembro do ano passado e 10,6% na comparação com o mesmo período de 2023.