Netanyahu promete ofensiva em Rafah, com ou sem acordo
O primeiro-ministro israelense reafirma compromisso com a vitória total contra o Hamas em meio a negociações
Durante uma reunião tensa com grupos que representam as famílias de soldados mortos e reféns detidos em Gaza, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez uma promessa: “a ideia de que vamos parar a guerra antes de alcançar todos os seus objetivos não é uma opção”, afirmou.
Segundo reportagem do The Times of Israel, o líder israelense seguiu garantindo que uma ação militar independe das negociações em andamento: “entraremos em Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas lá – com ou sem acordo – para alcançarmos a vitória total.”
Essa declaração veio à tona enquanto Israel aguarda uma resposta do Hamas à sua última proposta de trégua, que inclui uma pausa de 40 dias nas hostilidades e a libertação de quase mil prisioneiros palestinos, em troca da liberação de reféns israelenses.
Apesar das concessões vistas como relevantes por parte de Israel, a determinação expressa por Netanyahu reflete um compromisso inabalável com os objetivos militares e de segurança do país, descartando quaisquer pressões internacionais para um cessar imediato das hostilidades.
Trump critica Netanyahu por omissão nos ataques de 7 de outubro
Nesta quarta, 7, o ex-presidente americano Donald Trump apontou falhas na liderança de Benjamin Netanyahu em relação ao massacre de 7 de outubro, ocorrido sob a vigilância do primeiro-ministro israelense.
Em entrevista à revista Time, Trump criticou a incapacidade de Israel em evitar o ataque do Hamas, apesar da tecnologia sofisticada disponível no país. “Tudo estava lá para impedir isso. E muitas pessoas sabiam, milhares e milhares, mas Israel não”, declarou.
Trump também relembrou uma “má experiência” com Netanyahu durante a operação americana que eliminou o líder da Guarda Revolucionária Islâmica, Qassam Soleimani, em janeiro de 2020. Segundo Trump, Israel teria abandonado a operação, o que marcou negativamente sua percepção sobre Netanyahu: “isso foi algo que nunca esqueci. E isso me mostrou algo.”
Apesar das críticas, Trump assegurou que, se reeleito em novembro, garantirá a proteção de Israel. Ele também expressou ceticismo sobre a situação dos reféns em poder do Hamas, sugerindo que o número pode ser menor do que o reportado. Além disso, o ex-presidente criticou a estratégia de relações públicas de Israel e a educação palestina, que segundo ele incita ódio contra os judeus desde a infância.
Trump diz que o 7 de outubro não teria ocorrido se ele estivesse no cargo: “nunca teria acontecido. O Hamas não tinha dinheiro.” Lembrando seu primeiro mandato, afirmou: “não tivemos terror… e acabamos com o ISIS 100%. Agora eles estão começando a voltar.”
Afirmou ainda que seu apoio a Israel lhe garante uma aprovação quase unânime entre os israelenses, reivindicando ter sido o presidente mais leal a Israel na história dos EUA. “Nenhum presidente fez o que eu fiz”, concluiu Trump.
Qatar por trás de manifestações antissemitas?
Neste domingo, 30 de abril, revelações sobre o financiamento de protestos estudantis nos EUA contra Israel destacaram a influência do Qatar nesse movimento, como mostra matéria do The Jerusalem Post.
Segundo pesquisadores, essas manifestações são promovidas por grupos financiados pelo Qatar com o intuito de fomentar ideologias islamistas e difamar a Arábia Saudita. As informações indicam que, desde 2007, o Qatar investiu aproximadamente US$ 5,6 bilhões em 81 universidades americanas, incluindo instituições renomadas como Harvard, Yale, Cornell e Stanford.
Um artigo de 2020, da pesquisadora Najat Al-Saeed, denuncia uma aliança entre a esquerda radical americana e ativistas da Irmandade Muçulmana, também financiados pelo Qatar. Esses grupos influenciam o sistema educacional americano, suprimindo vozes dissidentes sob o pretexto de “correção política” e “pensamento racista”.
Fundos
Al-Saeed aponta que os fundos catarianos não apenas promovem a ideologia islâmica, mas também buscam denegrir a imagem de adversários geopolíticos do Qatar, como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
Os protestos estudantis, que parecem ser uma resposta juvenil espontânea ao conflito Israel-Palestina, são, na verdade, parte de uma estratégia bem financiada e organizada para influenciar a opinião pública e a política externa americana.
Este fenômeno revela o que está por trás dos movimentos estudantis e põe em dúvida o papel das universidades como centros de educação independente e livre de influências externas nocivas.
Cinco maneiras de melhorar a imagem de Israel (oantagonista.com.br)
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