A Cielo, administradora de máquinas de cartões, registrou lucro líquido recorrente de 503,3 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, um avanço de 14,1% em relação ao mesmo período de 2023. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o crescimento ficou em 4,6% maior.

Esse foi o melhor resultado para a companhia desde 2019. A Cielo atribui o desempenho à melhoria do resultado financeiro que atingiu 37,5 milhões reais, revertendo perdas 70,6 milhões do mesmo trimestre do ano anterior. Além disso, a redução de custos nos serviços prestados e maior eficiência tributária foram apontados como pontos positivos.

Os avanços, no entanto, foram parcialmente compensados pelos investimentos que a companhia tem feito na transformação e na expansão da força de vendas.

A receita da Cielo no período ficou em 2,563 bilhões de reais, queda de 0,3%. Considerando-se somente a Cielo Brasil, que responde pelo negócio de credenciamento, a receita foi de 1,5 bilhão de reais, um recuo de 3,4% na comparação com os primeiros três meses do ano passado.

As despesas operacionais da companhia cresceram 63,7% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 566,6 milhões de reais.

No trimestre, o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi de 746,7 milhões de reais, recuo de 24,9% em termos anuais. Na comparação com o último trimestre de 2023, houve queda de 25,3%.

A margem Ebitda da Cielo também sofreu, com um queda de 9,6 pontos percentuais em um ano para 29,1%.. De acordo com a companhia, o programa de transformação, em conjunto com a expansão da força comercial, explicam a queda dos indicadores ligados ao lucro operacional.

Na bolsa de valores, a ações da companhia recuavam pouco mais de 0,5%, às 11h20, cotadas a 5,56 reais, enquanto investidores digerem o balanço divulgado na noite de quinta-feira, 25, após o fechamento do mercado.