A prisão do advogado do PCC
A presidente do STJ negou um pedido de habeas corpus ao advogado Dario Reisinger Ferreira, suspeito de envolvimento com o PCC
A ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu manter a prisão temporária do advogado Dario Reisinger Ferreira, suspeito de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A decisão foi tomada no âmbito da Operação Munditia, que investiga um esquema de fraude a licitações para o controle de contratos milionários de prefeituras e câmaras municipais da grande São Paulo e do interior do Estado.
De acordo com reportagem do Estadão, Dario Reisinger Ferreira, além de advogado, é dirigente do União Brasil na cidade de Suzano e tinha planos de se candidatar nas eleições de 2024. Após uma semana foragido, ele se apresentou à Polícia.
Advogado do PCC
Segundo as investigações, o advogado não estaria apenas atuando juridicamente em processos criminais em favor dos interesses pessoais dos membros da facção criminosa, mas também teria aderido às condutas ilícitas do PCC.
Ele estaria representando as empresas do grupo criminoso para impugnar editais licitatórios, garantindo assim uma competição simulada e vantagem nos contratos públicos.
Operação Munditia
A Operação Munditia foi conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Guarulhos. Entre os 13 presos, estão três vereadores. No total, foram expedidos 15 mandados de prisão temporária.
Os vereadores Flavio Batista de Souza (Podemos), de Ferraz de Vasconcelos; Luiz Carlos Alves Dias, conhecido como Luizão Arquiteto (MDB), de Santa Isabel; e Ricardo de Oliveira, também conhecido como Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão, foram detidos. Além deles, agentes públicos, empresários e um advogado também foram presos. Dois suspeitos ainda estão foragidos.
Um dos presos é o advogado Áureo Tupinambá de Oliveira Fausto Filho, que é um dos defensores do traficante internacional André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap.
“Doa a quem doer”, diz Tarcísio sobre operações contra o PCC
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos/foto) anunciou durante um evento, realizado no último dia 16, que serão realizadas novas operações contra o crime organizado no estado de São Paulo.
A declaração foi feita enquanto comentava uma operação recente que resultou na prisão de 13 pessoas investigadas por supostamente fraudar licitações de câmaras municipais e prefeituras em diferentes regiões do estado. Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, as empresas envolvidas têm ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
“É mais uma operação, acontecerão outras. Outras estão sendo gestadas e esse combate ao crime organizado não vai cessar, doa a quem doer, esteja onde estiver“, disse Tarcísio.
O governador destacou que esse tipo de operação revela a audácia do crime organizado, que está cada vez mais infiltrado no poder político e lavando dinheiro por meio de atividades legítimas. Ele ressaltou que isso representa um grande risco para o Brasil e para o estado, pois prejudica a economia, gera concorrência desleal e mantém as atividades criminosas em funcionamento.
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