Tribunal de NY anula uma das condenações de Harvey Weinstein
O ex-produtor de Hollywood, contudo, continuará preso por uma condenação por estupro em Los Angeles
O Tribunal de Apelações do estado de Nova York anulou nesta quinta-feira, 25, uma das condenações por estupro de Harvey Weinstein (foto), ex-produtor de cinema de Hollywood.
Por quatro votos a três, o tribunal concluiu que o juiz de primeira instância cometeu, em 2020, um erro ao permitir que os promotores apresentassem depoimentos de mulheres que alegaram que o ex-produtor as agrediu, embora elas não fizessem parte das acusações enfrentadas por ele.
Segundo o tribunal, o erro foi agravado quando o juiz permitiu que Weinstein fosse interrogado de uma maneira que o retratou de modo “altamente prejudicial”.
“A solução para estes erros flagrantes é um novo julgamento”, determinou o Tribunal de Apelações.
Harvey Weinstein, contudo, continuará preso por uma condenação por estupro em Los Angeles.
A condenação anulada
O ex-produtor de cinema Harvey Weinstein foi condenado, em 24 de fevereiro de 2020, no estado de Nova York, por ter atacado sexualmente a ex-assistente de produção Mimi Haleyi e estuprado Jessica Mann, que foi aspirante a atriz.
Na ocasião, Weinstein era acusado de cinco crimes, mas foi considerado inocente em três deles.
Segundo Haleyi, o ex-produtor a convidou para sua casa no Soho, onde a empurrou para um quarto e fez sexo oral nela.
Condenado também em Los Angeles
Em dezembro de 2022, Harvey Weinstein foi declarado culpado por estupro e agressão sexual também em Los Angeles. Ele foi processado por quatro mulheres.
Os membros do júri declararam Weinstein culpado de todas as acusações apresentadas pela primeira das quatro mulheres, inocente das acusações apresentadas por uma segunda mulher, e não chegaram a um veredicto sobre as imputações apresentadas pelas outras duas.
A condenação rendeu a ele uma pena de mais 16 anos de prisão.
O ex-produtor se tornou o principal alvo das denúncias de violência sexual em Hollywood em 2017, no fenômeno chamado movimento Me Too.
Mais de 100 mulheres na indústria afirmaram terem sido vítimas de violência sexual de Weinstein, e 20 o acusaram de estupro.
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